"Ensina-me, ó Senhor, o caminho dos teus estatutos, e guardá-lo-ei até o fim. Dá-me entendimento, e guardarei a tua lei, e observá-la-ei de todo o meu coração." Salmos 119:34-35

REFLEXÃO TEOLÓGICA

DOUTRINA DO DEUS

O Espírito de Deus



A palavra ruah – (vento, espírito) é empregada no Velho Testamento de tantas maneiras que é difícil analisar os seus vários sentidos. Uma exceção constitui Ezequiel, que — retomando o antigo profetismo (1 Rs 18.12,46; 2 Rs 2.9,15s. e outras) — testemunha ser possuído pelo Espírito: “O Espírito me levantou e me levou” (Ez 3.14; cf. 3.12; 8.3; 11.1,5,24; 37.1 e outras). Assim, no período exílico e pós-exílico, o poder pleno dos profetas novamente pode ser entendido como atividade do Espírito: O Espírito do Senhor Iavé está sobre mim [...] Ele me enviou para pregar boas novas aos pobres (Is 61.1; cf. 42.1; Zc 7.12; 2 Cr 15.1; 24.20). Visto que somente indivíduos tornam-se capazes de receber a inspiração profética, Moisés expressa, segundo Nm 11.29; o desejo: “Oxalá todo o povo de Iavé fosse profeta, que Iavé lhes desse o seu Espírito!” Este desejo se realiza na promessa: Depois disso, derramarei o meu Espírito sobre toda carne. Vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões. Até sobre os servos e as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias (Jl 3.1s. ou 2.28s.; Cf. Ez 39.29; Is 32.15ss.; 44.3 e outras). Essa esperança futura não conhece “mais indivíduos privilegiados” (Hans Walter Wolff, sobre a passagem); desigualdades existentes no presente serão abolidas. Através do derramamento do Espírito, cada pessoa, sem distinção de gênero, idade e posição social (cf. Jr 31.34: “dos menores aos maiores”) encontrar-se-á “diante de Deus sem intermediários”. Por fim, na esperança profética, o dom único do Espírito pode se tornar um bem permanente, que não se perde. Ele será concedido a certos indivíduos — ao Messias (Is 11), ao Servo de Deus (Is 42) — bem como a todos: o “novo coração” e o “novo espírito”, através de uma profunda mudança interior da pessoa, inauguram um novo futuro (Ez 36.26s.; cf. 11.19; 18.3). A pessoa que ora o Sl 51 (v. 1 2s.; cf. 143.10) retoma a promessa de uma pessoa não mais afastada de Deus, mas dedicada a ele. Ela combina o conhecimento da profundeza do pecado com o pedido por renovação que abrange o pensar, o querer e a força para agir: Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro em mim um espírito inabalável! Nesta oração encontra-se também a expressão “Espírito Santo”, muito rara no AT (somente atestada ainda em Is 63.10s.): Não retires de mim o teu Santo Espírito! Como quer que o Espírito seja entendido — como um acontecimento pontual ou constante, particular ou geral —, em cada caso ele que capacita para algo, é ele que possibilita a realização.

Atividades do Espírito

O Velho Testamento não trata de causas secundárias. Em todas as suas atividades, Deus atua diretamente e não por intermédio de causas secundárias. Até as atividades de seus agentes humanos são reconhecidas como a atuação do próprio Senhor. Deus é especialmente ativo nas forças históricas e nas atividades humanas que operam em favor do seu reino na terra. O Espírito opera de uma maneira excepcional na vida e na obra do seu Ungido. O Espírito do Senhor é o próprio Senhor em atividade. Não, há, porém, no Velho Testamento, o desenvolvimento do conceito da personalidade distintiva do Espírito Senhor. A doutrina do Espírito Santo, como a 3ª Pessoa da trindade, é um desenvolvimento no Novo Testamento, de acordo com a experiência cristã. Tem as suas raízes nas experiências religiosas do povo de Israel, sem ser assim entendida pelos escritores do Velho Testamento. Textos do V. T. que falam do Espírito de Deus como personalidade: Ag 2.5; Zc 4.6; Is 48.16.

A Essência e os Atributos Naturais de Deus

Não encontramos no Antigo Testamento qualquer declaração que defina a essência do Senhor. Mas o Novo Testamento ensina diretamente que Deus é Espírito. A declaração de Jesus: “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”, concorda perfeitamente com o pensamento dos profetas do Velho Testamento. A espiritualidade de Deus é subentendida, é verdade básica, em toda as experiências religiosas dos hebreus com ele (Is 31.3). Em Êx 20.4 é proibida a representação do Senhor por qualquer imagem material. O piedoso salmista, descrevendo a sua experiência espiritual com Deus, declara: “Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença? Se eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a minha cama no Sheol, também lá estás. Se eu subir com as asas da alvorada e morar na extremidade do mar, mesmo ali a tua mão direita me guiará e me susterá.” (Sl 139.7-10). Assim a presença do Espírito de Deus é a presença dele mesmo. Tudo que Deus é, e tudo que possa significar para o homem é representado pelo ministério do seu Espírito que é vida e poder. É o Espírito de Deus, operando no espírito do homem piedoso do Velho Testamento, como no espírito do crente do Novo Testamento, que produz a vida de justiça, retidão, felicidade, e paz. Qualquer conhecimento que o hebreu tenha recebido dos atributos de Deus foi-lhe comunicado diretamente no intercurso do seu espírito com o Espírito Supremo, o Senhor Deus de Israel.

O Deus Vivo

Deus é vida e a fonte última de toda a vida. O Deus Espiritual da Bíblia apresenta-se como Deus Vivo. Nos ensinos religiosos dirigidos ao povo de Israel, em todas as grandes épocas da sua história, desde Moisés até Malaquias, os profetas falaram no Senhor de Israel como o Deus Vivo.

AUTO-EXISTÊNCIA 7

Auto-existência é a perfeição de Deus em poder existir por si mesmo, na completa autonomia de qualquer fonte, origem ou energia. Ele não tem dependência intrínseca com qualquer coisa existente ou ainda por existir. Sua existência depende dEle mesmo, da Sua própria natureza. A auto-existência de Deus está implícita no nome IAHWEH (Ex 3.14): E disse Moisés a Deus: “Eis que quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser ‘o Deus de vossos pais enviou-me a vós’, e dirão para mim: ‘Qual o seu nome?’ – Que direi a eles?.” E disse Deus a Moisés: “Serei O Que Serei.” E disse: “Assim dirás aos filhos de Israel: Serei enviou-me a vós.”

7 Transcrição do Livro: A Fé do Antigo Testamento de Werner H. Schmidt. Ed. Sinodal. Pág. 243.


O Deus Vivo é o Deus Eterno

Este conceito da eternidade de Deus, subentende-se em toda parte da Bíblia. Como o Deus Vivo, a fonte e o Criador de todas as formas da vida, o Senhor não teve princípio, e nunca terá fim. A existência própria de Deus subentende-se no nome Iavé, “Eu Sou”. A essência de Deus, tudo que ele é em si mesmo, é o Ser não causado. Jeremias entendeu isto quando disse que O Deus Vivo “é o Rei sempiterno” (10.10). No seu louvor a Deus, o salmista declara: Sl 90.1,2: “Senhor, tu és o nosso refúgio, sempre, de geração em geração. Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus”.

INFINIDADE 8

A infinidade de Deus é a qualidade de Deus ser isento de toda e qualquer limitação imposta pela criação. Não pode haver qualquer limitação do Ser de Deus e dos Seus atributos, imposta pelo universo. Textos como Jó 11.7-9; Sl 145.3 e Rm 11.33 falam da infinidade divina. Este atributo está intimamente relacionado com alguns outros. A Infinidade de Deus pode ser vista de duas maneiras: 1) Quando vista com relação ao tempo a chamamos de Eternidade; 2) E quando a vemos com relação ao espaço a chamamos de Imensidão ou Onipresença.

8 Transcrição da apostila do Pr. Bentes: A Doutrina de Deus, PÁG. 21.


ETERNIDADE

Gn 21.33; Sl 90.2; 102.27; Is 57.15; 1Tm 1.17; Hb 1.2; 11.3 Eternidade é a infinidade de Deus em relação ao tempo. Ele dura pelos séculos sem fim (Sl 90.2; 102.12; Ef 3.21). A Bíblia fala da eternidade de Deus como duração infinitamente prolongada, para trás e para frente. Esta é uma maneira popular de representar aquilo que transcende todas as limitações temporais (2Pe 3.8). A nossa vida tem passado, presente e futuro, mas não é assim com Deus. Ele é o eterno “Eu Sou”. Berkhof define a eternidade de Deus como “a perfeição de Deus pela qual Ele é elevado acima de todos os limites temporais e de toda sucessão de momentos e tem a totalidade da Sua existência num único presente indivisível”.

IMENSIDADE

 A imensidade de Deus é a Sua infinidade em relação ao espaço (1Rs 8.27; Is 66.1). Pode ser definida como “a perfeição do Ser divino pela qual Ele transcende todas as limitações espaciais e, contudo, está presente em todos os pontos do espaço com todo o Seu Ser”. Portanto, a transcendência e a imanência de Deus estão presentes na idéia de imensidade (1Rs 8.27; 2 Cr 2.6; Jr 23.24; Sl 139.7; Is 66.1; At 17.28).

ONIPRESENÇA.

 Por Onipresença não se deve entender que Deus enche o espaço como faz o universo. A relação de Deus com o espaço não é a mesma que existe entre este e a matéria. E por conseguinte, não devemos afirmar que Deus está presente em toda parte como o universo está em alguma parte. Sendo Deus Espírito, não ocupa espaço. Só matéria ocupa espaço. A verdadeira idéia da Onipresença de Deus é que Ele age com a mesma facilidade como pensa e quer, porque para Deus não há espaço, nem tempo. A Bíblia ensina a Onipresença de Deus: Sl 139.7-9; Jr 23.23,24; At 17.27,28; Rm 10.6-8.

O Deus Criador

Os ensinos do Velho Testamento sobre Deus como Criador do universo constituem uma parte indispensável da teologia bíblica. Deus se apresenta como inteiramente independente da sua obra da criação. O Criador preserva as obras da criação e dirige as estrelas nos seus movimentos. O mesmo poder que criou o universo é também o poder que criou o homem. O mesmo poder que dirige o mundo físico dirige também o homem. A diferença está no mundo inanimado e o homem criado à imagem de Deus, com a prerrogativa de exercer a sua própria vontade até o ponto de impedir, em parte
pela menos, a direção divina.

Deus É Um

É difícil determinar quando os escritores chegaram a crer que o seu Deus, Iavé, era o único Deus. Os hebreus chegaram ao seu conceito da unidade de Deus pelas experiências religiosas, e não por um processo de análise lógica.

UNIDADE
Este atributo salienta a unidade e a unicidade de Deus, isto é, Deus é um e único. Implica que existe um só Deus, soberano; tudo mais depende dEle. O politeísmo não cabe no conceito bíblico de Deus. “A idéia de dois ou mais deuses em si é contraditória, porque cada qual limita o outro e assim cada qual destrói a divindade do outro”. A unidade de Deus implica também em que não há divisão ou conflito no Ser ou na natureza de Deus. Trata-se de uma unidade interior e qualitativa do Ser divino. A unidade de Deus, entre outras passagens, é ensinada em Dt 6.4; 1Rs 8.60; Is 44.6; 1Co 8.6; Ef 4.5,6; 1Tm 2.5.

A Personalidade de Deus

Muitas das citações bíblicas sobre outros atributos de Deus falam também da sua Pessoa. Deus é vivo, poderoso, sábio e ativo; tem propósitos e planos. A Bíblia menciona os atributos de Deus na discussão das suas relações com o mundo físico e com a humanidade, mas não os descreve sistematicamente. Deus, como Pessoa, tem outros atributos pessoais que não pertencem ao homem. O atributo de Deus que é mais distintivo e mais acentuado no Velho Testamento é a sua personalidade. Todos os livros da Bíblia ensinam a direção própria e a determinação racional do Senhor.

OS REDENTORES ATRIBUTOS DE DEUS 9

A Santidade de Deus

Não há outra palavra que, no seu pleno sentido bíblico, descreva mais perfeitamente a natureza de Deus do que o termo santidade. Santidade: É a tradução da palavra hebraica qodesh ($edoq), que tem uma longa e complicada história, e que tem sido usada em vários outros sentidos, mas exclusivamente para expressar ideias religiosas.

SANTIDADE. 10

Ele é absolutamente separado de todas as suas criaturas e exaltado sobre elas, Ele é igualmente separado da iniqüidade moral e do pecado. Santidade denota a perfeição de Deus em tudo que Ele é. A santidade de Deus é vista como a conformidade eterna do Seu Ser com Sua vontade. A vontade de Deus é a expressão de Sua natureza que é santa. A santidade ocupa o primeiro lugar entre os atributos de Deus. E o atributo pelo qual Deus queria essencialmente ser conhecido nos tempos do Velho Testamento (Lv 11.44,45; Js 24.19; 1 Sm 6.20; Sl 22.3; Is 37.23; Ez 39.7; Hc 1.12). No Novo Testamento, a santidade é atribuída a Deus com menos freqüência (Jo 17.11; Hb 12.10; 1 Pe 1.15,16; Ap 4.8). Devido à natureza fundamental desse atributo, a santidade de Deus deveria ser considerada mais do que Seu amor, poder e vontade. Santidade é o princípio regulador desses três; pois Seu trono é estabelecido com base em Sua santidade (Sl 47.8; 89.14; 97.2). Deveríamos aprender três coisas importantes pelo fato de Deus ser santo. A primeira é que existe um abismo entre Deus e o pecador (Is 59.1,2; Hc 1.13). Não apenas está o pecador separado de Deus, mas Deus está separado do pecador. Antes do advento do pecado, o homem e Deus tinham comunhão um com o outro; agora essa comunhão está quebrada e se tornou impossível. A segunda coisa é que o homem tem de se aproximar de Deus pelos méritos de um outro, se é que ele jamais vai conseguir se aproximar de Deus novamente. O homem nem possui nem pode adquirir a necessária ausência de pecado para ter acesso a Deus. Mas Cristo veio e tornou esse acesso possível (Rm 5.2; Ef 2.18; Hb 10.19,20). Na santidade de Deus está a razão para a expiação; e o que Sua santidade exigiu, Seu amor providenciou (1 Pe 3.18). A terceira coisa é a de que devemos nos aproximar de Deus “com reverência e santo temor” (Hb 12.28,29). Opiniões certas da santidade de Deus levam a opiniões certas a respeito do pecado (Jó 40.3-5; Is 6.5-7): “Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado o teu pecado”. Estas duas passagens são exemplos notáveis da relação entre Deus e o homem. Humilhação, contrição e confissão brotam de uma visão bíblica da santidade de Deus.

9 CRABTREE. A. R. TEOLOGIA DO VELHO TESTAMENTO. 2ª ed. Rio de Janeiro, JUERP, 1977, p. 101-122.
10 Transcrição da Apostila do Pr. Bentes – A Doutrina de Deus, Pág. 24, 25.

RETIDÃO E JUSTIÇA

Por retidão e justiça de Deus queremos indicar aquela fase da santidade de Deus que é vista em Seu tratamento com o homem. Repetidamente são essas qualidades atribuídas a Deus (2 Cr 12.6; Ed 9.15; Ne 9.33; Sl 89.14; Is 45.21; Dn 9.14; Jo 17.25; 2 Tm 4.8; Ap 16.5).

Idéias Primitivas de Santidade

Entre os hebreus a santidade se referia primeiramente ao mysterium tremendum, ao
numinous, 11 ou as características da Divindade que a separa de tudo que é comum, tudo que é do mundo físico ou da humanidade. Com esta idéia de “otherness”, separação de Deus, o termo santo aplicava-se às coisas e aos homens separados para o Senhor.

A Santidade de Iavé, o Deus de Israel

A Santidade não é propriamente um atributo de Deus. Descreve antes a própria natureza de Deus. Santidade abrange, ou compreende, todos os atributos de Deus.  É na santidade que Deus é transcendente, ficando, na sua Divindade, por cima de tudo e independente de toda a sua criação.

A Justiça do Deus

 A justiça do Senhor é o atributo de perfeição moral que caracteriza a sua Santidade, a sua própria Natureza, a sua Divindade. O padrão divino da justiça é tão eterno como o próprio Deus. Um ato de Deus é justo simplesmente porque ele o praticou.

O Amor de Deus

O Amor Eletivo de Deus
 Os escritores bíblicos maravilhavam-se da eleição de Israel, mas não tentavam explicar por que Deus escolheu o seu povo, ao invés de qualquer outro, para ser a nação sacerdotal entre as nações do mundo. Mas reconheceram que o amor de Deus para com Israel era soberano e irrevogável. Israel deve obedecer ao Senhor motivado pelo seu próprio amor. “Ouve, Ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma (desejo) e de todo o teu poder” (Dt 6.4,5). Os motivos divinos que determinaram a escolha de Israel como o povo do concerto encerram-se no seu eterno propósito revelado em Efésios 3.1-6. A eleição encaminhava, através de Israel, o amor do Senhor a todas as famílias da terra (Gn 12.3). O amor do Senhor para com Israel não foi devido a qualquer mérito deste povo. O amor de Deus é a força operativa no estabelecimento da justiça no mundo. O amor de Deus exigia de Israel obediência fiel, e a responsabilidade de cumprir as condições do concerto generoso que Deus fez com ele, “Ele te fez conhecer, ó homem, o que é bom; O que é que o Senhor requer de ti, senão fazer a justiça, e amar a beneficência, e andar humildemente com o teu Deus?” (Mq 6.8). O Deus do Velho Testamento é o Deus de amor, o mesmo que se apresenta no Novo Testamento. “O Senhor não assentou (hashaq) a sua afeição em vós, e vos escolheu, porque éreis mais
numerosos do que outros povos '“ mas porque o Senhor vos amava” (Dt 7.7,8). “Com amor [‘ahabah ] eterno te amei, com amorável benignidade [hesed ] te atraí” (Jr 31.3).

Na próxima semana teremos o estudo da Doutrina do Homem: A Origem, a Natureza e o Destino do Homem.

Fonte: Pr. A. Carlos G. Bentes. DOUTOR EM TEOLOGIA PhD em Teologia Sistemática American Pontifical Catholic University (EUA). O Pr. Bentes ministra aula no Seminário Teológico Koinonia e Seminário Unitheo.  

Um Abraço,

Pregador Jefferson Assis
Compromisso com a obra de Deus e certeza do seu chamado!


MINUTO DA PALAVRA

O DESERTO NÃO É O TEU LUGAR



Habacuque 3:17,18 “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide, ainda que o produto da oliveira falhe, e os campos não produzam mantimento, ainda que as ovelhas sejam exterminadas, e nos currais não haja gado, todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação”

Final de ano é um tempo festivo. Temos o Natal e o inicio de um novo ano e muitas famílias se reúnem e comemoram juntas estas datas. Porém tem muitas pessoas que não estão bem. Exteriormente parecem que estão bem, mas interiormente não estão. O deserto não é o teu lugar. Muitas pessoas se encontram hoje em um deserto, este deserto não é um deserto físico, por exemplo, como o deserto do Saara. Este deserto representa um momento difícil em que esta pessoa se encontra. Nestes momentos de deserto o cansaço predomina, o desânimo toma conta e faltam forças para prosseguir. Já não há esperança em dias melhores e nem que a situação possa mudar. No texto acima de Habacuque começa falando sobre a figueira. Ainda que a figueira não floresça... O importante da figueira não é o fruto dado por ela a cada três meses, não é uma árvore que irá alimentar o povo. O mais importante na figueira são as suas folhas, e Habacuque diz: “Ainda que a figueira não de folhas”. As folhas da figueira interferem na temperatura. Em Israel a temperatura é muito alta e embaixo da folha da figueira o ambiente é bem melhor, agradável e bem fresco. Debaixo de suas folhas há uma mudança de temperatura de extremo calor para uma temperatura agradável. As Folhas da figueira significam lugar de descanso. As pessoas conversavam embaixo da figueira para poder refrescar e descansar. Habacuque escreve exatamente isso ainda que a figueira não de folhas. Mesmo que você esteja cansado e passando por um deserto, saiba de uma coisa: O deserto não é o teu lugar. Alegre o seu coração no Senhor. Porque daqui a pouco Deus dará folha a figueira e terá sombra, e o calor será retido na sua vida. Porque a palavra de Deus nos ensina: “Ainda que a figueira não floresça... todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação”. Meu  amado (a) o tempo do cansaço esta terminando, tenha paciência, fé e se alegre no Senhor. Deus tem coisas novas para você e muitas coisas mudarão para melhor. Tenha um ótimo dia e que a paz do Senhor Jesus esteja com você.

Pregador Jefferson Assis
Compromisso com a obra de Deus e certeza do seu chamado!

SERMÃO DEVOCIONAL

Jesus – O verdadeiro Natal



A melhor notícia de todas!

Evangelho de Lucas 2.10-12

"Mas o anjo lhe disse: Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor. Isto lhes servirá de sinal: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa manjedoura".

Um anjo anunciou o nascimento de Jesus aos pobres pastores que tomavam conta das ovelhas durante o turno da noite. Primeiramente o anjo disse: “Não temas!”. Como é bom ouvir uma voz celestial dizendo “não temas” num mundo tão conturbado e ameaçador. E o anjo continua dizendo: “eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura.” Que boa notícia! Aliás, Evangelho significa mesmo boa notícia! O Natal do Senhor Jesus, Filho de Deus, é a melhor de todas as notícias, pois é mensagem de vida, de paz, de amor e de tremenda alegria para todos que clamam por justiça e que anseiam ver o bem triunfando sobre o mal, a luz dissipando as trevas, o amor destruindo o ódio e a vida sobrepujando a morte. Esta boa notícia diz respeito a todas as pessoas, sejam elas judeus ou árabes, negros ou brancos, pobres ou ricos. Deus não faz acepção de pessoas. Natal é a luz de Cristo se manifestando salvadora a todos os homens, mas, infelizmente, existem aqueles que amam mais as trevas do que a luz (Jo 3:16-19). E o grande anúncio angelical termina apontando para um curioso sinal: “encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura”. Isto é intrigante, pois era de se esperar que o futuro Rei nascesse em berço de ouro. Lembro, que os Reis Magos, primeiramente, procuraram em vão pelo bebê no Palácio do Rei Herodes. Uma manjedoura parece um berço muito inadequado para alguém tão especial. Lucas nos informa que Maria deu a luz numa estrebaria ou estábulo, porque todas as portas das hospedarias se fecharam para o casal. Numa hora tão importante como a do parto, o pobre casal parece abandonado e em apuros. Mas esta é uma falsa impressão. José e Maria são agraciados com o nascimento de Jesus. Aquele estábulo foi palco do momento mais extraordinário da história humana. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (Jo 1:14). Jesus se identificou com os mais humildes, injustiçados e desfavorecidos. Natal é ocasião em que os últimos se tornam os primeiros! Lembramos também que são os pobres pastores que trabalhavam no turno da noite os primeiros a receberem a maior e mais alegre notícia de todos os tempos! As hospedarias estavam cheias, de modo que Jesus encontrou lugar para nascer somente em um estábulo e seu berço foi uma manjedoura. Jesus continua buscando corações humildes como uma manjedoura para repousar e manifestar a Sua glória!
Um feliz Natal para todos!

Por: José Ildo Swartele de Mello é bispo do Concílio Geral Brasileiro e presidente mundial do Concílio de Bispos da Igreja Metodista Livre.

Fonte: Gospel Prime

Pregador Jefferson Assis
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REFLEXÃO TEOLÓGICA

A DOUTRINA DO DEUS



O Conhecimento de Deus Segundo o Antigo Testamento

Para os escritores do Velho Testamento não surgiram dúvidas sobre a existência de Deus. No Antigo Testamento Deus se apresenta nas experiências religiosas dos homens, e não nas suas especulações filosóficas. A premissa básica de todos escritores da Bíblia é que Deus pode ser conhecido. Mas eles ensinam também como Deus pode ser conhecido, reconhecendo sempre que é conhecido à medida que se revela a si mesmo nas suas comunicações aos homens.

Os escritores declaram, com inabalável convicção, que têm conhecimento de Deus somente porque ele se lhas revelou em santidade, justiça e amor, como o eterno e o único Deus, Criador de todas as coisas. O cometimento apaixonado dos profetas às verdades recebidas e verificadas pela comunhão pessoal com Deus, reforçou o poder dos seus ensinos e o sentido de responsabilidade perante o Senhor, de aplicá-los à vida política e social de Israel.

A fé de Israel baseou-se na experiência de contato direto da consciência de homens de fé com a consciência de Deus. Os israelitas não eram cientistas no sentido moderno da palavra, nem filósofos e nem psicólogos científicos, mas as suas crenças básicas suportam a prova da razão, da filosofia, da história e da psicologia.

O conhecimento de Deus revelado aos homens é justamente aquele que satisfaz à sua fome da sua natureza espiritual. A palavra Yada’ significa “conhecer pessoalmente” (Gn 12.11: Êx 33.17; Dt 34.10); “conhecer por experiência” (Js 23.14); “ganhar conhecimento” (Sl 119.152); “conhecer o caráter de uma pessoa” (2Sm 3.25); “Ter relações amistosas com alguém” (Gn 29.5; Êx 1.8; Jó 42.11); “conhecer a Deus” (Êx 5.2). A palavra descreve também p profundo conhecimento que Deus tem de pessoas (Os 5.3; Jó 11.11; 1Rs 8.30; 2Sm 7.30; Sl 1.6). O conhecimento de Deus resulta em
adoração e obediência inteligente à sua vontade (Jz 2.10; 1Sm 2.12; Os 8.2; Sl 79.6). Segundo os profetas, o conhecimento de Deus é o discernimento da natureza divina por parte do conhecedor que fica habilitado a reconhecer as verdadeiras manifestações ou revelações da natureza e da vontade do Senhor.

“É no esforço prolongado de entender a nossa relação com Deus que chegamos a entender as nossas relações com os outros” (John Baillie).
A experiência de Isaías com Deus transformou a sua vida, e determinou o caráter do seu serviço na direção da história do seu povo. Is 6.1,5-7 “No ano em que o rei Uzias morreu, eu vi o Senhor assentado num trono alto e exaltado, e a aba de sua veste enchia o templo. 5 Então gritei: Ai de mim! Estou perdido! Pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! 6 Logo um dos serafins voou até mim trazendo uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma tenaz. 7 Com ela tocou a minha boca e disse: “Veja, isto tocou os seus lábios; por isso, a sua culpa será removida, e o seu pecado será perdoado”.

Para os hebreus o conhecimento de Deus não era especulação sobre o Ser Eterno ou Princípio Transcendente, mas era o reconhecimento e o entendimento do Senhor, que atua sabiamente, com plano e propósitos, e exige obediência aos seus mandamentos por causa da sua própria natureza, como o Santo de Israel (Dt 11.2-7; Is 41.20). É dever principal do homem receber e desenvolver seu conhecimento de Deus. “Sabe, pois, hoje, e reflete no teu coração, que o Senhor é Deus em cima nos céus, e embaixo na terra; não há nenhum outro” (Dt 4.39).

A finalidade da Bíblia é a de fazer Deus conhecido por suas atividades na história e nas experiências que homens fiéis tenham com ele. Pois o conhecimento mais importante de Deus, segundo a Bíblia, é esta comunhão pessoal com ele. O intercurso pessoal com o Senhor resolveu para Jó as suas dúvidas e os seus problemas, não porque Deus lhe tivesse oferecido uma explicação intelectual dos mistérios da sua providência na vida dos justos, mas porque inspirou nele a confiança na bondade e na justiça divina.
Jó 42.5,6: “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram. Por isso menosprezo a mim mesmo e me arrependo no pó e na cinza”.

O homem pode receber o conhecimento de Deus por vários meios. Encontrar-se com Deus no exercício da sua inteligência, no estudo das maravilhas da natureza, na atividade direta de Deus na sua consciência, na experiência da providência de Deus, na profecia, no milagre e até nos sonhos e nas suas meditações.

O Nome de Deus

O livro de Êxodo relata a história de Moisés e a saída do povo de Israel do Egito e intitula-se Shemot (Nomes) em hebraico. Tal título deriva da segunda palavra contida em seu texto e que se inicia com “Estes [são os] nomes”. O título captura o sentido literal de Êxodo que se inicia listando os nomes das famílias descendentes de Jacob e que saíram da escravidão do Egito. Em um sentido mais simbólico, porém, este é o livro no qual o Nome de Deus será apresentado. Por nome devemos compreender a essência, algo que expresse a individualidade daquilo que nomeamos. O Êxodo é basicamente um livro que explicita, ou melhor, revela o Nome deste Deus que os patriarcas e matriarcas conheceram em sua realidade, mas que não sabiam nomear. Não sabê-lo denota um convívio sem compreensão ou uma dimensão intuitiva carente de consciência acerca de Sua essência. Muito provavelmente Abraão compreende este Deus como o Deus do futuro. Um Deus preocupado em lhe prover família e descendência. O Deus que revela a Moisés faz questão de nomes. É Moisés, porém, que primeiro se mostra interessado pela natureza de Deus ao perguntar seu nome diante da sarça ardente. E Deus não lhe furta uma resposta como furtara anteriormente a Jacob:
E disse Moisés a Deus: Êxodo 3.13,14 “Eis que quando eu vier aos filhos de Israel e lhes disser ‘o Deus de vossos pais enviou-me a vós’, e dirão para mim: ‘Qual o seu nome?’ – Que direi a eles?.” E disse Deus a Moisés: “Serei O Que Serei.” E disse: “Assim dirás aos filhos de Israel: Serei enviou-me a vós.”

Esta é a primeira referência que Deus faz a seu nome como uma essência expressa pelo tempo. Serei O Que Serei contém identidade porque aparece na primeira pessoa e contém temporalidade. Aparentemente é um tempo futuro, mas é mais do que um tempo futuro. Para isto teria bastado chamar-se de Ehie – Serei. Há um esforço lingüístico por determinar um verbo num tempo novo. É deste tempo que Deus deseja falar como forma de se fazer compreender por sua criatura. Que tempo é este? E por que Deus se definiria como uma expressão no tempo? Essa parece ser a grande revelação de Êxodo, uma revelação que ousa abordar a questão da própria essência do Criador.
A centralidade da questão do Nome em Êxodo reaparece em outra passagem em que Deus tenta esclarecer Moisés acerca de sua “natureza”.
Êxodo 6.3 “E falou Deus a Moisés e disse-lhe: Eu sou YHWH. E apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó comoShadai; mas por meu nome, YHWH, a eles não fiz me saber.”

O significado de “a eles não me fiz saber” denota maior amplitude a este novo Nome. Mais ainda, este Nome contém em si alguma informação que vai além daquela conhecida pelos patriarcas. A eles Deus se revela como Shadai, como um Deus que é parte da natureza. Agora, a Moisés, novamente o Nome de Deus se expressa pelo tempo. Da mesma forma que “Serei O Que Serei” se esforça para definir um tempo distinto, YHWH, o Tetragrama em forma de Nome-Revelação, também é um empenho por definir algo novo.

Os nomes Elohim e Iavé (YAHWEH) são os mais usados pelos escritores bíblicos.
Elohim {yiholE)  é o nome mais usado no Velho Testamento para expressar o conceito de divindade. Usa-se Elohim como o nome do Criador de todas as coisas. Quando se refere às relações do Senhor com as nações, ou às suas relações cósmicas, usa-se em quase todas as partes do Velho Testamento o nome Elohim.

Mas quando se trata das relações do Senhor com o povo de Israel, ou quando se refere às atividades do Senhor na história deste povo do seu concerto, usa-se o nome Iavé - hwhy (YAHWEH).

Iavé – IAHWEH – Jeová - EU SOU O QUE SOU
Iavé Jireh - O Senhor proverá
Iavé Nissi - O Senhor é minha bandeira
Iavé Shalom -             O Senhor é paz
Iavé Sabaoth - O Senhor dos Exércitos
Iavé Macadeshém - O Senhor é o vosso Santificador
Iavé Raah (Rohi) - O Senhor é meu pastor
Iavé Tsidkênu - O Senhor é nossa justiça
Iavé el Gemolah - O Senhor é o Deus da retribuição
Iavé Nakeh - O Senhor que fere
Iavé Shamá - O Senhor que está presente/ou está ali
Iavé Rafá - O Senhor que sara

Adonai - SENHOR, MESTRE
O nome de Deus usado em lugar de Iavé quando o nome próprio de Deus passou a ser considerado muito sagrado para ser pronunciado.
Elohim - Poderoso; termo plural aplicado a Deus, que geralmente se refere à sua majestade ou à sua plenitude.

El Elion - Altíssimo (literalmente, o poderoso mais forte)
El Roi - O Poderoso que vê
El Shadai - Deus Todo-Poderoso ou Deus Todo-Suficiente
El Elohe Israel - Deus, o Deus de Israel
El Olam - Deus Eterno ou Deus da Eternidade
Goel – Remidor - Era tanto o Parente Remidor como também o Parente Vingador
(Nm 35.12-19; Lv 25)
Redentor l")oG = Resgatador


Na próxima semana teremos a 3º parte sobre o estudo da Doutrina de Deus.  Falaremos sobre o Espírito de Deus, os atributos naturais de Deus e a essência de Deus.

Fonte: Pr. A. Carlos G. Bentes. DOUTOR EM TEOLOGIA PhD em Teologia Sistemática American Pontifical Catholic University (EUA). O Pr. Bentes ministra aula no Seminário Teológico Koinonia e Seminário Unitheo.  

Um Abraço,

Pregador Jefferson Assis
Compromisso com a obra de Deus e certeza do seu chamado!

SERMÃO DEVOCIONAL

AS NOSSAS ESCOLHAS



“Agora, pois, temei ao SENHOR, e servi-o com sinceridade e com verdade; e deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais além do rio e no Egito, e servi ao Senhor. Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor” Josué 24.14-15

Temos o direito de escolher e isso é muito bom. É muito bom vivermos num país onde temos a liberdade de escolher o que vamos fazer. A Bíblia nos diz que temos o direito de escolher a quem vamos servir. Em 1 Co 10.23 o apóstolo Paulo dá uma palavra a igreja. “Tudo é permitido, mas nem tudo convém, tudo é permitido, mas nem tudo edifica”.

Podemos escolher o que faremos da nossa vida e hoje graças a Deus a igreja entendeu isso, só que algumas pessoas estão abusando desse direito de escolha, porque tudo é permitido.

Deus nos dá a oportunidade de escolher, mas as consequências das nossas escolhas não podemos escolher. O poder da decisão está em nossas mãos.

Colheremos os frutos de todas as nossas escolhas, por isso temos que tomar cuidado com as nossas atitudes, mesmo, as que são feitas em secreto. “Tudo que o homem semear, isso ele vai colher.” Gl 6.7.

O Senhor conhece as nossas escolhas, até quando parecemos ‘bonzinhos”, Ele sabe se estamos sendo bonzinhos mesmo, ou se estamos camuflando. Deus conhece a intenção do nosso coração.

A escolha de Daniel.

Vemos no texto de Daniel 1.8,9, que Daniel entendeu que ele tinha escolha e ele escolheu não se contaminar. Qual é o prato do mundo que encanta você? O que temos aceitado do mundo que vem disfarçado de comida boa? Às vezes as comidas contaminadas vêm disfarçadas de pratos abençoados. O que tem nos levado para longe de Deus e roubado o nosso tempo? Se começarmos a priorizar a presença de Jesus na nossa vida faremos escolhas melhores. Deus nos quer puros, mas Ele nos dá o direito de escolha.

Tome a decisão de abrir mão de tudo que te afasta do Senhor, das amizades, dos hábitos errados. Daniel confiou em Deus. Você confia em Deus, confia que Ele está no controle de todas as coisas, que é melhor obedecer que sacrificar? Escolha estar no centro da vontade de Deus.

Pr. Léo China no Culto Caixa d’ Água

Igreja Batista Getsêmani

Um Abraço,

Pregador Jefferson Assis
Compromisso com a obra de Deus e certeza do seu chamado!


MINUTO DA PALAVRA

ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO SANTO



Efésios 5:18 “E não vos embriagueis com vinho, em que há devassidão, mas enchei-vos do Espírito.”

As pessoas hoje estão buscando bens materiais, mas, bens materiais não satisfazem a alma, eles apenas te trazem conforto, isso é verdade. Não estou dizendo que não precisamos de conforto. O conforto é muito bom. O que quero dizer é que estas coisas não nos satisfazem por completo. Todo ser humano necessita ter a presença de Deus. Se for para encher é porque está vazio, a palavra de Deus acima diz para encher do Espírito Santo. Muitos hoje estão vazios, secos e sem animo para continuar. A falta que o Espírito Santo faz na vida das pessoas é muito grande. Precisamos por a nossa vida em ordem e priorizar as questões espirituais. Muitos buscam refúgio nas drogas, no sexo ilícito, na pornografia e nas bebidas e tem a expectativa que vão se sentir satisfeito buscando estas coisas, mas quando o efeito acaba, vem à depressão e a angústia. A solidão toma conta delas de novo. Agora aqueles que buscam se encherem com o Espírito Santo se sentem fortalecidos. Amado, busque as coisas de Deus. Se incline para as questões espirituais e você agradará a Deus.  No Novo Testamento em Efésios 4:30 está escrito: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.” O Espírito Santo é sensível e pequenas atitudes nossas o entristece e faz com que percamos a sua presença e comunhão. Tenha um ótimo dia e que a paz do Senhor Jesus esteja com você.

Pregador Jefferson Assis
Compromisso com a obra de Deus e certeza do seu chamado!

REFLEXÃO TEOLÓGICA

A TEOLOGIA DO ANTIGO TESTAMENTO

As Doutrinas Essenciais do Velho Testamento



A Origem Histórica da Fé de Israel

Desde o período patriarcal os hebreus tinham certeza das suas comunicações com o Todo-Poderoso, El Shaddai 1 que tomou a iniciativa na chamada de Abraão, prometendo engrandecer o seu nome e abençoar, por intermédio dele, todas as famílias da terra (Gn 12.1-3; 17.1-27).

1 - Declara-se em Êxodo 6.23: “Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como o Deus Todo Poderoso (El Shaddai); mas pelo meu nome, IAHWEH, não me fiz conhecido (nifal) a eles.” O Senhor, então era desconhecido pelos israelitas até que se lhes
revelou por intermédio de Moisés. Assim se identifica IAHWEH, o salvador dos israelitas, como El Shaddai, o Deus de Abraão.

Os israelitas creram em Deus, como resultado das experiências que os ligaram com o Senhor.

O Conceito Bíblico da História

É no Velho Testamento que encontramos o primeiro conceito distintivo e coerente da história.

Se há desígnio de uma inteligência suprema na história da humanidade, ele tem que ser descoberto pela fé. “A verdade é que o significado da história tem que ser buscado fora da história, e que o princípio da interpretação da história não será achado dentro dela. O historiador que não tem fé em coisa alguma não encontrará indicações de qualquer desígnio na história” (Alan Richardson).

Os profetas do Velho Testamento foram os primeiros a apresentar as evidências das atividades divinas na história, e a interpretarem o desígnio de tais atividades. É esta interpretação profética das atividades de Deus na história de Israel que produziu o Velho Testamento.

Os profetas produziram as Escrituras Sagradas nos períodos críticos da vida nacional, e a sua fé brilhava mais quando tinham que enfrentar aflições e sofrimentos. Mesmo na derrota nacional e na humilhação do cativeiro, floresceram as esperanças áureas na vinda do reino eterno do Messias do senhor. Os seus ensinos éticos e morais purificavam-se à medida do crescimento do seu conhecimento da santidade e justiça de Deus. O seu conceito de um só Deus, justo e misericordioso, lutava contra as formas sedutoras de politeísmo, e ganhou a vitória que vai influenciando e abençoando cada vez mais os povos do mundo.

A Arqueologia e o Velho Testamento

Não há nenhum período da história de Israel, desde Abraão até o período interbíblico 2, que não tenha ficado melhor conhecido como resultado das informações acumuladas pelo número de descobertas arqueológicas nas ruínas da Palestina. Podemos dizer que a ciência confirma, esclarece ou suplementa a informação histórica, política e religiosa do Velho Testamento em quase todas as suas partes.

A arqueologia tem-nos demonstrado muito mais do que as semelhanças existentes entre as formas e cerimônias religiosas do povo de Israel e as de seus contemporâneos. Por exemplo, a literatura ugarítica 3, que é mais semelhante à da Bíblia hebraica do qualquer outra, fala da bestialidade de Baal
e da horrível imoralidade de seus sacerdotes e outros seguidores em seus atos religiosos.

A descoberta dos manuscritos nas cavernas do Mar Morto oferece uma vasta quantidade de material.

2 Período de tempo entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento que teve duração de 400 anos.

3 Referente à antiga cidade de Ugarit (na atual Síria).


A DOUTRINA BÍBLICA DA REVELAÇÃO DE DEUS

A Psicologia dos Hebreus

Os hebreus, no período da sua história, freqüentemente sentiram-se cônscios da comunhão direta com Deus, como aconteceu com Abraão, Isaque, Jacó, os juízes, os salmistas e os profetas.
É característico dos escritores bíblicos, que raramente apresentam argumentos para provar a sua comunhão pessoal com Deus. Não explicam como Deus pode ser conhecido.

O hebreu pensava que o espírito do homem podia ser invadido por algum espírito externo ou uma energia de fora. Portanto, a inspiração do ponto de vista do profeta, era a invasão do seu espírito (ruah - axUr) pelo Espírito (axUr) do Senhor. Os profetas freqüentemente declaram que o Espírito do Senhor apoderou-se deles, e lhes deu entendimento e poder. O conceito que o profeta tinha da inspiração pelo Espírito do Senhor é muito diferente do êxtase do grego. O grego ficava extasiado quando a psyche (psiquê) deixava o seu corpo e vagava longe dele.

Apesar da falta do conhecimento da psicologia dos povos antigos por parte do homem moderno, sabemos que os elementos essenciais da revelação divina se expressaram segundo a psicologia hebraica. Toda revelação começa com Deus. A mão irresistível de Deus descansava sobre o profeta. Na sua comunicação com o homem, Deus não fica limitado pela psicologia do homem moderno.


A Revelação de Deus nas Obras da Criação

O Velho Testamento não faz distinção especial entre a revelação geral ou natural, e a revelação direta aos escritores da Bíblia.
Não há no hebraico a palavra natureza, mas as obras do mundo físico, segundo os escritores bíblicos, dependem absolutamente de Deus, o seu Criador e Sustentador.
Como o controlador do mundo, Deus usa a natureza para revelar o seu poder, a sua sabedoria, a sua glória e a sua benignidade (Am 5.8; Jó 38; Is 40.12,26; Pv 8,9; Sl 104).

Devido à psicologia dos hebreus, é difícil encontrar no Velho Testamento qualquer apoio do conceito moderno da revelação natural ou geral, no sentido de que o homem, sem qualquer orientação divina, é capaz de descobrir, nas obras da natureza, provas satisfatórias da existência de Deus.

Deus Se Revela Diretamente aos Escritores Bíblicos

Deus é conhecido, segundo o Velho Testamento, não porque os homens nos seus esforços intelectuais o descobriram, mas somente porque o próprio Deus se revelou.

O processo da revelação transcende os poderes racionais do homem. Essencialmente a revelação bíblica é a comunicação de conhecimento da Pessoalidade (Pessoa de Deus). Ora, estas verdades a respeito da Pessoalidade, da vontade e dos planos de Deus que o homem não tem a capacidade de descobrir, mas uma vez comunicadas por Deus, no intercurso 4 com homens idôneos, concordam perfeitamente com o conhecimento racional da humanidade.

Quando a revelação se refere às verdades comunicadas por Deus, estas se tornam elementos do conhecimento que mais enriquecem a vida humana.
Segundo o conceito bíblico, o homem não recebe, no processo da revelação, doutrinas teológicas acerca de Deus, mas recebe conhecimento pessoal do Senhor, da sua majestade, santidade e glória. Recebe também conhecimento da justiça do Senhor, do seu propósito e da sua vontade para com o seu povo. A essência da revelação bíblica é o intercurso de inteligências.

Deus se revela por suas atividades na vida e na história do seu povo, escolhido para ser a sua possessão peculiar dentre todos os povos do mundo (Êx 19.4-6; 20.2). Pelas atividades constantes do Senhor, em favor de Israel, através de todas as vicissitudes da história, ele revelou o seu hesed 5.

Na orientação persistente de Israel, Deus levantou os seus mensageiros para interpretar a sua vontade e o seu propósito na escolha deste povo. Os profetas apresentavam ao povo as suas credenciais pela convicção inabalável de que eram portadores da palavra (dabar – rfbfD) 6 de Deus, e pela qualidade da mensagem que lhe transmitiam. O fato essencial da revelação é a verdadeira atividade de Deus na vida do povo através de seus agentes, os profetas. O mais alto conceito da religião é fraternidade entre Deus e o homem, mas não pode haver fraternidade quando a comunicação se limita ao homem. Se Deus ficasse eternamente silencioso, a religião seria a mais triste de todas as decepções humanas, e esta experiência espiritual da personalidade humana seria a mais cruel ilusão do universo irracional.

4 Comunicação, trato, Relacionamento.

5 Hesed. A palavra significa o amor firme, persistente, imutável, no cumprimento das promessas do seu concerto com Israel, mesmo quando o povo falhava e se mostrava,  indigno. A palavra sempre acentua a fidelidade de Deus para com o seu concerto com Israel.

6 dabar significa comunicação do Senhor, mensagem, mandamento, ordem ou promessa. O Logos do Novo Testamento relaciona-se com Dabar do Senhor.

Na próxima semana teremos a 2º parte: A Doutrina de Deus (O Conhecimento de Deus segundo o Velho Testamento, O nome de Deus, O Espírito de Deus, os atributos naturais de Deus e a essência de Deus).

Fonte: Pr. A. Carlos G. Bentes. DOUTOR EM TEOLOGIA PhD em Teologia Sistemática American Pontifical Catholic University (EUA). O Pr. Bentes ministra aula no Seminário Teológico Koinonia e Seminário Unitheo.  

Um Abraço,

Pregador Jefferson Assis
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