"Ensina-me, ó Senhor, o caminho dos teus estatutos, e guardá-lo-ei até o fim. Dá-me entendimento, e guardarei a tua lei, e observá-la-ei de todo o meu coração." Salmos 119:34-35

VÍDEO DA PALAVRA DE DEUS - NÃO DESISTA DE SEU MILAGRE


VÍDEO DA PALAVRA DE DEUS: NÃO DESISTA DE SEU MILAGRE







SERMÃO DEVOCIONAL - A Herança dos Santificados

A Herança dos Santificados – por Luciano Subirá
No ano de 2008, começamos em Curitiba, Paraná, um evento anual direcionado especificamente a pastores e líderes, com o nome“Casa de Zadoque”. O evento nasceu e foi denominado a partir da mensagem que eu compartilharei aqui. A essência desta mensagem é a relação entre a conquista e a consagração. Ao instruir o profeta Ezequiel sobre um novo Templo e sobre como deveria ser feita a distribuição da herança ao redor do lugar de adoração (o novo Templo), o Senhor deu honra e herança especial aos que Ele mesmo chamou de “sacerdotes santificados”.
Há uma herança especial, reservada aos ministros comprometidos com Deus. Através do profeta Ezequiel, vemos o Senhor destacando uma linhagem sacerdotal que cumpriu o seu dever e não se extraviou – os filhos de Zadoque:
“Será para os sacerdotes santificados, para os filhos de Zadoque, que cumpriram o seu dever e não andaram errados, quando os filhos de Israel se extraviaram, como fizeram os levitas.”  (Ezequiel 48.11)
Tudo o que alcançamos em nosso relacionamento com Deus (e também no ministério) está direta e proporcionalmente ligado à dimensão do nosso compromisso e entrega. A nossa santificação determinará não apenas quão longe iremos e o quanto conquistaremos, mas também o que conseguiremos manter e preservar depois dessas conquistas.
Os integrantes desta linhagem sacerdotal – os filhos de Zadoque – foram destacados por Deus como “sacerdotes santificados” (poderíamos ainda chamá-los de “ministros comprometidos” com o Senhor). Para compreendermos esta linhagem e o seu valor aos olhos de Deus, é preciso retroceder muito no tempo desta narrativa bíblica para entendermos um processo que teve início com a palavra de juízo que o Senhor pronunciou contra a casa do sumo sacerdote Eli.
A PROMESSA DE UMA CASA FIRME
As Escrituras Sagradas nos revelam alguns princípios importantíssimos com relação à maneira como Deus Se relaciona com os Seus ministros. Ao estabelecer um ministério, o Senhor não apenas determina o que o mesmo deve fazer e como deve agir, mas também deixa claro que um dia haverá uma prestação de contas e uma recompensa (boa ou não) de tudo o que ele fez.
No entanto, alguns ministérios podem ser julgados pelo Senhor, até mesmo antes da futura prestação de contas. O apóstolo Paulo declarou a Timóteo que há um juízo imediato e um não-imediato: “Os pecados de alguns homens são notórios e levam a juízo, ao passo que os de outros só mais tarde se manifestam” (1 Tm 5.24). Ou seja, alguns pecados somente serão revelados e julgados no futuro, mas outros podem ser revelados e julgados já. Foi exatamente o que aconteceu com o sumo sacerdote Eli.
Por causa dos seus contínuos pecados contra o Senhor (bem como de seus filhos), depois de muita expressão da longanimidade de Deus (o que me parece óbvio pelo fato de Eli ter chegado à velhice), o Altíssimo, por meio de um profeta, declarou uma dura palavra de juízo contra Eli:
“Veio um homem de Deus a Eli e lhe disse: Assim diz o Senhor: Não me manifestei, na verdade, à casa de teu pai, estando os israelitas ainda no Egito, na casa de Faraó? Eu o escolhi dentre todas as tribos de Israel para ser o meu sacerdote, para subir ao meu altar, para queimar o incenso e para trazer a estola sacerdotal perante mim; e dei à casa de teu pai todas as ofertas queimadas dos filhos de Israel. Por que pisais aos pés os meus sacrifícios e as minhas ofertas de manjares, que ordenei que me fizessem na minha morada? E, tu, por que honras a teus filhos mais do que a mim, para tu e eles vos engordardes das melhores de todas as ofertas do meu povo de Israel? Portanto, diz o Senhor, Deus de Israel: Na verdade, dissera eu que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém, agora, diz o Senhor: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram, honrarei, porém os que me desprezam serão desmerecidos. Eis que vêm dias em que cortarei o teu braço e o braço da casa de teu pai, para que não haja mais velho nenhum em tua casa. E verás o aperto da morada de Deus, a um tempo com o bem que fará a Israel; e jamais haverá velho em tua casa. O homem, porém, da tua linhagem a quem eu não afastar do meu altar será para te consumir os olhos e para te entristecer a alma; e todos os descendentes da tua casa morrerão na flor da idade. Ser-te-á por sinal o que sobrevirá a teus dois filhos, a Hofni e Finéias: ambos morrerão no mesmo dia. Então, suscitarei para mim um sacerdote fiel, que procederá segundo o que tenho no coração e na mente; edificar-lhe-ei uma casa estável, e andará ele diante do meu ungido para sempre. Será que todo aquele que restar da tua casa virá a inclinar-se diante dele, para obter uma moeda de prata e um bocado de pão, e dirá: Rogo-te que me admitas a algum dos cargos sacerdotais, para ter um pedaço de pão, que coma.”  (1 Samuel 2.27-36)
Algumas coisas muito claras foram anunciadas nesta profecia:
1) Foi o Senhor que escolheu e levantou a Casa de Eli para o ministério.
2) O Senhor não Se agradou de Eli e de sua casa, que O desonraram com o pecado.
3) O Senhor decidiu julgá-los (e à sua descendência), removendo-os do ministério.
4) O Senhor prometeu levantar um sacerdote fiel e edificar-lhe uma casa estável (outras versões bíblicas usam a expressão “casa firme”) no local de habitação desta família.
Estas verdades devem estar no coração de todos os que foram chamados ao ministério. O pecado atrairá juízo (e até mesmo a substituição da posição ministerial) dos que foram chamados e levantados pelo próprio Deus!
A promessa divina de juízo e de substituição da família sacerdotal de Eli também nos mostra algumas verdades importantíssimas com relação ao ministério:
1) Até mesmo com uma declaração anteriormente feita, que expressava que a vontade divina era que a Casa de Eli permanecesse sempre no ministério, isto não se concretizou pela falha do próprio sacerdote.
2) Sempre que alguém falha em cumprir o propósito divino, outro é levantado em seu lugar (Et 4.14; At 1.20).
3) O critério principal da nova escolha de Deus é encontrar alguém que não falhe da mesma forma que falhou o que foi substituído (1 Sm 13.14).
Como é triste saber que alguém que o Senhor escolheu para Si foi rejeitado e substituído! Mas o juízo divino declarado contra a Casa de Eli não é algo exclusivamente dele; o mesmo princípio é aplicado a qualquer ministério que “zombe” de Deus, como Eli e seus filhos fizeram, pois a Escritura declara:
“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.”  (Gálatas 6.7)
O cumprimento da profecia feita a Eli aconteceu anos depois, envolvendo dois sacerdotes distintos: Abiatar e Zadoque. Na pessoa de Abiatar, vemos o cumprimento da destruição da família de Eli. Na pessoa de Zadoque, encontramos o cumprimento da promessa a um sacerdote fiel.
Observemos primeiramente a história de Abiatar. Depois analisaremos a história de Zadoque. O profeta Samuel ainda estava vivo quando começou a acontecer o juízo sobre a casa de Eli:
“Respondeu o rei: Aimeleque, morrerás, tu e toda a casa de teu pai. Disse o rei aos da guarda, que estavam com ele: Volvei e matai os sacerdotes do Senhor, porque também estão de mãos dadas com Davi e porque souberam que fugiu e não mo fizeram saber. Porém os servos do rei não quiseram estender as mãos contra os sacerdotes do Senhor. Então, disse o rei a Doegue: Volve-te e arremete contra os sacerdotes. Então, se virou Doegue, o edomita, e arremeteu contra os sacerdotes, e matou, naquele dia, oitenta e cinco homens que vestiam estola sacerdotal de linho. Também a Nobe, cidade destes sacerdotes, passou a fio de espada: homens, e mulheres, e meninos, e crianças de peito, e bois, e jumentos, e ovelhas. Porém dos filhos de Aimeleque, filho de Aitube, um só, cujo nome era Abiatar, salvou-se e fugiu para Davi; e lhe anunciou que Saul tinha matado os sacerdotes do Senhor.”  (1 Samuel 22.16-21)
A Bíblia nos mostra que esta era a linhagem sacerdotal de Eli: “Aías, filho de Aitube, irmão de Icabô, filho de Finéias, filho de Eli, sacerdote do Senhor em Siló, trazia a estola sacerdotal” (1 Sm 14.3). Tanto Aías como Aimeleque eram filhos de Aitube e bisnetos de Eli. E, dentre os sacerdotes, todos morreram (oitenta e cinco diante de Saul somente, além dos que morreram em Nobe), com a única exceção de um descendente de Eli, o seu tataraneto Abiatar, que escapou com vida e foi – por vários anos – o único sobrevivente desta linhagem. Porém, quando Salomão assumiu o trono, a sentença profética contra a Casa de Eli enfim veio a cumprir-se:
“E a Abiatar, o sacerdote, disse o rei: Vai para Anatote, para teus campos, porque és homem digno de morte; porém não te matarei hoje, porquanto levaste a arca do Senhor Deus diante de Davi, meu pai, e porque te afligiste com todas as aflições de meu pai. Expulsou, pois, Salomão a Abiatar, para que não mais fosse sacerdote do Senhor, cumprindo, assim, a palavra que o Senhor dissera sobre a casa de Eli, em Siló.”  (1 Reis 2.26,27)
Quando Abiatar foi expulso do ministério sacerdotal, a palavra do Senhor contra a Casa de Eli finalmente se cumpriu! Entretanto, esta palavra profética não dizia respeito somente à remoção desta família do sacerdócio. Deus prometeu levantar um outro sacerdote que fosse fiel e, através dele, levantar uma “Casa Firme”. Vemos o cumprimento deste aspecto da profecia na vida de Zadoque.
É importante destacarmos que Zadoque foi sacerdote juntamente com Abiatar, mas, diferentemente deste outro sacerdote, ele não apenas se manteve fiel durante os seus dias de vida, mas também instruiu toda uma linhagem a manter-se fiel ao Senhor!
Ao falar de uma “Casa Firme”, o Senhor revelou o Seu desejo de ver, não apenas um ministro, mas também toda uma linhagem, mantendo-se estáveis e firmes na devoção e fidelidade a Ele e aos Seus mandamentos. Até mesmo na Nova Aliança, o conceito de que os filhos dos ministros devem andar em integridade é sustentado:
“É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher… e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?).”  (1 Timóteo 3.2a,4,5)
“Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados.”  (Tito 1.5,6)
A nossa resposta ao chamado ministerial não diz respeito somente a nós, ministros do Senhor, mas também envolve toda a nossa família! Os nossos filhos e os filhos dos nossos filhos (e toda uma linhagem) deveriam ser muito bem instruídos com relação a como andarem em fidelidade ao Senhor. Deus não está apenas procurando pessoas que façam bem o serviço, que executem uma tarefa com excelência! Ele espera que apresentemos uma casa firme, estável! Que as próximas gerações, depois de nós, possam continuar vivendo em santificação e com um compromisso com Ele! Este talvez seja o maior desafio e a maior responsabilidade de um ministério!
ESTABELECIDOS OU REMOVIDOS DO MINISTÉRIO
Muitos ignoram (até mesmo estando no ministério) o fundamento bíblico no tocante à forma como o Senhor age com relação aos que são estabelecidos numa posição ministerial (ou até mesmo removidos dela). As coisas não acontecem de forma aleatória. O Reino de Deus é constituído por princípios – que Ele mesmo estabeleceu – e por isso não podemos ignorá-los. Há um princípio divino, revelado nas Escrituras, que sempre está relacionado com o estabelecimento de pessoas no ministério. Trata-se da consagração, da santificação.
Ao procurarmos entender o padrão celestial para o estabelecimento de alguém no ministério, precisamos recorrer aos registros bíblicos dos dias de Moisés. A razão é que, antes de Moisés, ninguém foi oficial e formalmente estabelecido por Deus no ministério. Algumas pessoas aparecem na narrativa bíblica como sacerdotes (como Melquisedeque e Jetro), mas não vemos ninguém sendo colocado por Deus nesta função. A primeira consagração ao ministério aconteceu com Arão e seus filhos, e, logo depois, toda a Tribo de Levi foi separada para as funções ministeriais (ainda que não fossem todos sacerdotes). Mas há uma pergunta importante que deveríamos fazer ao falarmos sobre os padrões de Deus para se estabelecer alguém no ministério: “Por que a Tribo de Levi foi escolhida?” O plano de Deus inicialmente não envolvia apenas uma tribo. Ele desejava uma nação sacerdotal:
“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel.”  (Êxodo 19.5,6)
O plano divino era um reino (e não só uma tribo) de sacerdotes! Era uma nação santa! A palavra hebraica traduzida como “santa” é “kadosh”, e significa não apenas “algo sagrado”, mas também tem a ideia de “separado”. O conceito de “separado” não era simplesmente o conceito de se manter distância dos outros povos, pois o plano divino envolvia o fato de que as nações seriam abençoadas e alcançadas através do povo de Israel (Gn 18.18). Ser “separado”, além de “não contaminar-se com os pecados e práticas dos demais povos”, também significava a necessidade de “ser um instrumento, um canal de Deus para se tocar os demais povos e culturas”!
Entretanto, num momento específico, a Tribo de Levi foi separada para ser uma tribo sacerdotal, ao invés de toda uma nação de sacerdotes. O que aconteceu para determinar esta escolha? O próprio Moisés responde, falando sobre algo que ocorreu entre as suas duas subidas ao Monte Sinai:
“Por esse mesmo tempo, o Senhor separou a tribo de Levi para levar a arca da Aliança do Senhor, para estar diante do Senhor, para o servir e para abençoar em seu nome até ao dia de hoje. Pelo que Levi não tem parte nem herança com seus irmãos; o Senhor é a sua herança, como o Senhor, teu Deus, lhe tem prometido. Permaneci no monte, como da primeira vez, quarenta dias e quarenta noites; o Senhor me ouviu ainda por esta vez; não quis o Senhor destruir-te.” (Deuteronômio 10.8-10)
Ele fala que “por esse mesmo tempo” (e não antes) a Tribo de Levi foi separada. O que aconteceu para determinar esta escolha? O versículo 10 revela quando isto foi determinado: antes da segunda vez que Moisés subiu ao Monte Sinai!
Quando Moisés desceu do Monte Sinai com as Tábuas de Pedra contendo os Dez Mandamentos, ele descobriu que o povo de Israel, liderado por Arão, havia feito um bezerro de ouro e havia se apartado do Senhor. O povo estava desenfreado (não podia ser contido). Então foi tomada uma enérgica medida de juízo:
“Vendo Moisés que o povo estava desenfreado, pois Arão o deixara à solta para vergonha no meio dos seus inimigos, pôs-se em pé à entrada do arraial e disse: Quem é do Senhor venha até mim. Então, se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi, aos quais disse: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Cada um cinja a espada sobre o lado, passai e tornai a passar pelo arraial de porta em porta, e mate cada um a seu irmão, cada um, a seu amigo, e cada um, a seu vizinho. E fizeram os filhos de Levi segundo a palavra de Moisés; e caíram do povo, naquele dia, uns três mil homens.”  (Êxodo 32.25-28)
No momento em que Moisés declara “Quem é do Senhor venha até mim”, os únicos que responderam foram os integrantes da Tribo de Levi: “Então, se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi.” E, naquele mesmo instante, eles se moveram no zelo de santidade e executaram juízo contra os seus irmãos. A escolha divina pelos que serão ministros do Altíssimo sempre está associada à consagração e à santificação. Por isso, se um ministro comprometer esses valores, ele terá comprometido a essência do seu chamado!
Assim como vemos na profecia contra Eli e na separação da Tribo de Levi, também vemos este mesmo critério de escolha (ou de rejeição) com relação aos reis de Israel. Este é o caso de Saul:
“Então, disse Samuel a Saul: Procedeste nesciamente em não guardar o mandamento que o Senhor, teu Deus, te ordenou; pois teria, agora, o Senhor confirmado o teu reino sobre Israel para sempre. Já agora não subsistirá o teu reino. O Senhor buscou para si um homem que lhe agrada e já lhe ordenou que seja príncipe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o Senhor te ordenou.”  (1 Samuel 13.13)
Eu sempre achei que Saul havia sido levantado “temporariamente”, até que Davi, o escolhido de Deus, aparecesse no cenário. Mas isso não é verdade! Saul teve chances reais de não somente permanecer no trono, mas também, como disse o profeta Samuel, de ter o seu reino sobre Israel confirmado para sempre! Isso não significa que ele seria imortal, mas que a sua linhagem (à semelhança da Aliança que Deus fez posteriormente com Davi) estaria para sempre no trono – o que, a meu ver, revela a possibilidade de que o Messias viesse da linhagem de Saul! O que este homem jogou fora não foi apenas o trono (aliás, isso foi o que ele mais aproveitou! Ele reinou por quarenta anos – At 13.21), mas foi também a perspectiva de ele poder estar no desenrolar do plano divino, que envolvia algo muito maior do que ele jamais sonhara!
Vemos a repetição do mesmo caso com o rei Jeroboão. Nos dias de Roboão, filho de Salomão, o reino se dividiu. Judá e Benjamin formaram, sob o comando de Roboão, o Reino de Judá (ou do Sul), e as demais tribos formaram, sob o comando de Jeroboão, o Reino de Israel (ou do Norte). Antes de o reino se dividir, uma palavra profética foi dada a Jeroboão, dizendo que o Senhor estava rasgando dez Tribos de Israel, do Reino de Roboão, e entregando-as a ele. E, juntamente com esta notícia, foi dito a Jeroboão o seguinte:
“Tomar-te-ei, e reinarás sobre tudo o que desejar a tua alma; e serás rei sobre Israel. Se ouvires tudo o que eu te ordenar, e andares nos meus caminhos, e fizeres o que é reto perante mim, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi, meu servo, eu serei contigo, e te edificarei uma casa estável, como edifiquei a Davi, e te darei Israel.”  (1 Reis 11.37,38)
Se Jeroboão obedecesse ao Senhor – o que sabemos que ele não fez – ele teria o mesmo direito a uma casa estável (firme), como Deus concedeu a Davi! Nem Saul nem Jeroboão foi levantado por Deus para falhar e ser removido! Eles tinham promessas e possibilidades reais de prosperarem no plano divino! Contudo, as suas escolhas (erradas) os afastaram do Senhor! Se por um lado a nossa obediência e a nossa consagração nos estabelecem no lugar de serviço designado por Deus, por outro lado a desobediência e a falta de consagração nos removem da posição de serviço em que fomos estabelecidos!
Este é um padrão encontrado em toda a Bíblia! Não somente no Antigo Testamento, mas também no Novo Testamento. No Livro do Apocalipse, o apóstolo João teve uma visão de Sete Candeeiros de Ouro e de Sete Estrelas (Ap 1.20), sendo que os Candeeiros simbolizam as Sete Igrejas (da Ásia) e as estrelas representam os anjos (mensageiros) dessas Igrejas. Uma palavra que o Senhor diz, através de João, ao anjo da Igreja (Candeeiro) de Éfeso é a seguinte:
“Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro [igreja], caso não te arrependas.”  (Apocalipse 2.5)
Em outras palavras, o Senhor está dizendo: “Arrependa-se, senão Eu retirarei a igreja (o ministério) que Eu lhe confiei!” É evidente, portanto, que a falta de santidade faz com que alguns ministros sejam removidos do seu lugar de serviço em o Senhor os colocou. Por outro lado, vimos que Deus separou a Tribo de Levi para o ministério, justamente por terem se posicionado em santidade, o que nos faz perceber o princípio bíblico de que o que faz com que sejamos estabelecidos no ministério é o nosso compromisso de santidade. Veremos isto uma vez mais no exemplo bíblico a seguir, que revela a importância do zelo de santidade.
O ZELO DE SANTIDADE
Cada ministro do Senhor deve não apenas consagrar-se em sua vida pessoal, mas também ser cheio de zelo pela santidade do povo de Deus. Temos a seguir a impressionante história de Finéias, neto do sumo sacerdote Arão, o qual, devido à sua atitude de declarar guerra e intolerância ao pecado, recebeu a aliança do sacerdócio perpétuo (o que ressalta que não há prova mais evidente com relação ao que faz com que sejamos estabelecidos pelo Senhor no ministério):
“Habitando Israel em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas. Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos deuses delas. Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do Senhor se acendeu contra Israel. Disse o Senhor a Moisés: Toma todos os cabeças do povo e enforca-os ao Senhor ao ar livre, e a ardente ira do Senhor se retirará de Israel. Então, Moisés disse aos juízes de Israel: Cada um mate os homens da sua tribo que se juntaram a Baal-Peor. Eis que um homem dos filhos de Israel veio e trouxe a seus irmãos uma midianita perante os olhos de Moisés e de toda a congregação dos filhos de Israel, enquanto eles choravam diante da tenda da congregação. Vendo isso Finéias, filho de Eleazar, o filho de Arão, o sacerdote, levantou-se do meio da congregação, e, pegando uma lança, foi após o homem israelita até ao interior da tenda, e os atravessou, ao homem israelita e à mulher, a ambos pelo ventre; então, a praga cessou de sobre os filhos de Israel. Os que morreram da praga foram vinte e quatro mil.”  (Números 25.1-9)
Finéias não admitiu o insulto daquele israelita, e, sob uma ordem que já havia sido dada pelo Senhor de se exercer juízo sobre os que encabeçavam aquela corrida ao pecado, o sacerdote agiu, mostrando um grande zelo por Deus e pela Sua santidade no meio do arraial de Israel. As Escrituras Sagradas nos mostram que este seu zelo de santidade não somente fez com que a praga cessasse, mas também foi o que fez com que o Senhor o confirmasse em sua posição ministerial (além da promessa divina sobre a sua linhagem permanecer no sacerdócio – que é o conceito que já abordamos sobre a “casa firme”):
“Então, disse o Senhor a Moisés: Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, pois estava animado com o meu zelo entre eles; de sorte que, no meu zelo, não consumi os filhos de Israel. Portanto, dize: Eis que lhe dou a minha aliança de paz. E ele e a sua descendência depois dele terão a aliança do sacerdócio perpétuo; porquanto teve zelo pelo seu Deus e fez expiação pelos filhos de Israel.”  (Números 25.10-13)
Vamos refletir um pouco sobre esta “aliança do sacerdócio perpétuo”. Deus já havia determinado que a linhagem de Arão exerceria o sacerdócio. Contudo, isto não significava que qualquer homem da sua linhagem estivesse “garantido” no ministério. Se assim fosse, o Senhor não teria falado em remover a Casa de Eli do sacerdócio. Por outro lado, até mesmo com a linhagem de Eli sendo arrancada do ministério, outros descendentes de Arão ainda continuariam a exercer o serviço sagrado.
Portanto, a aliança que Deus firmou com Finéias não é mera repetição da promessa e da bênção que já havia sobre qualquer descendente de Arão. É algo mais! Eu creio que o Altíssimo estava dizendo que, ainda que outros descendentes de Arão pudessem ser removidos do ministério, a linhagem de Finéias seria perpetuamente estabelecida em seu lugar de serviço. Por quê? Por causa do zelo de santidade manifestado pelo cabeça de toda uma linhagem.
É interessante observarmos, ao falarmos da remoção da Casa de Eli do sacerdócio (por sua infidelidade), que ele não era descendente de Finéias (filho de Eleazar). Eli, embora descendente de Arão, era da linhagem de Itamar (1 Cr 24.3,6), e não de Eleazar. Por outro lado, o sacerdote Zadoque era da linhagem de Finéias (filho de Eleazar), e, como descendente deste, estava incluído na aliança do sacerdócio perpétuo:
“Estes foram os descendentes de Arão: o seu filho Eleazar, pai de Finéias, que foi o pai de Abisua, pai de Buqui, pai de Uzi, que foi o pai de Zeraías, pai de Meraiote, pai de Amarias, que foi o pai de Aitube, pai de Zadoque, pai de Aimaás.”  (1 Crônicas 6.50-53 – NVI)
A história se repete! Arão recebeu a promessa de ter a sua linhagem no ministério. Depois de Arão, o seu neto Finéias se destacou e, devido ao seu zelo de santidade, ele recebeu esta aliança do sacerdócio perpétuo. Posteriormente, surgiu Zadoque (da linhagem de Finéias), a quem Deus fez a promessa de uma “casa firme” (uma linhagem que não seria removida). Após o Exílio Babilônico, um dos períodos de maior apostasia da história de Israel, os filhos de Zadoque ainda foram apontados por Deus como os que se conservaram fiéis. Finalmente, nos últimos Livros da narrativa do Antigo Testamento, surgiu Esdras, o sacerdote de grande destaque na reconstrução de Jerusalém no período pós-exílio, que também era descendente de Zadoque e de Finéias (Ed 7.1-5).
Portanto, o que nos estabelece ou nos remove da nossa função ministerial é o nosso compromisso com Deus, é o nosso zelo de santidade (ou a falta dele)!
É MELHOR NÃO PECARMOS DO QUE SERMOS RESTAURADOS DEPOIS
Aos quinze anos de idade, eu ouvi uma história que, apesar de muito simples (eu poderia dizer que foi uma ilustração bem infantil), me abriu os olhos para algo muitíssimo importante. Eu estava conversando com um pastor sobre as lutas contra o pecado que o adolescente tem que travar, e, em algum momento, eu comentei como era confortante a ideia de que servimos a um Deus perdoador. Apesar de eu estar falando uma verdade bíblica inquestionável, eu creio que eu deixei transparecer um entendimento equivocado sobre como devemos nos relacionar com a questão do pecado e sobre como podemos usufruir do perdão de Deus, pois, imediatamente, aquele pastor passou a narrar a seguinte história:
“Havia um garoto cheio de energia, hiperativo, que a mãe mal conseguia controlar. Depois de inúmeras tentativas frustrantes de corrigir e disciplinar o menino, a mãe resolveu mexer em algo que se destacava como uma característica singular da criança: o seu lado narcisista. Ela havia presenteado o filho com uma foto dele, a qual foi ampliada e colocada como um pôster enorme em seu próprio quarto. O rapazinho amava aquele quadro e quase adorava a si mesmo. Assim sendo, a sua mãe, decidida a fazê-lo repensar a sua rebeldia, ameaçou-o, dizendo que, a partir daquele momento, ela pregaria uma taxinha no pôster do menino a cada ato de desobediência dele. Num certo dia, o menino entrou em seu quarto e surpreendeu-se por quase não conseguir enxergar o seu próprio rosto no pôster, tamanha a quantidade de taxinhas fincadas no quadro! O choque causado pela cena o ajudou a perceber o quanto ele vinha errando e magoando a sua própria mãe. Sinceramente arrependido, o garoto pediu perdão por ter falhado tanto e disse o quanto ele gostaria de agir de forma diferente, o que fez com que a sua mãe não apenas o perdoasse, mas também removesse todas aquelas taxinhas! Contudo, enfatizou o narrador, o quadro ficou cheio de furinhos!”
Moral da história: os nossos erros, ainda que perdoados, deixam consequências! Eu entendi imediatamente que, apesar de saber que eu servia a um Deus que perdoa os meus pecados, eu não podia “brincar” de pecar, para pedir perdão depois! É melhor não pecarmos do que sermos restaurados depois, pois o perdão divino restaura a nossa comunhão com o Senhor, mas não anula as consequências que se manifestarão depois! A Palavra de Deus é muito clara com relação a isso! Vejamos esse princípio revelado em três exemplos bíblicos de pessoas que pecaram e colheram as consequências, até mesmo depois que foram perdoadas!
Primeiramente, observemos o exemplo da geração de israelitas que saiu do Egito. Quando eles se recusaram a crer que herdariam a Terra Prometida, o Senhor Se irou contra eles, a ponto de querer destruí-los (Nm 14.11,12). Mas Moisés intercedeu por eles, suplicando o perdão divino, e foi ouvido em sua oração (Nm 14.13-20). Deus perdoou o pecado deles, mas, juntamente com o perdão, o Senhor anunciou qual seria a consequência do pecado deles (ainda que já perdoado):
“O Senhor respondeu: Eu o perdoei, conforme você pediu. No entanto, juro pela glória do Senhor que enche toda a terra, que nenhum dos que viram a minha glória e os sinas miraculosos que realizei no Egito e no deserto, e me puseram à prova e me desobedeceram dez vezes – nenhum deles chegará a ver a terra que prometi com juramento a seus antepassados. Ninguém que me tratou com desprezo a verá.”  (Números 14.20-23 – NVI)
Também encontramos nas Escrituras o exemplo de Davi, o qual, ainda que perdoado pelo pecado cometido, ouviu do Senhor uma sentença de julgamento. Isto é evidente na palavra profética recebida depois do pecado de adultério com Bate-Seba e do homicídio de Urias:
“Por que, pois, desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o que era mal perante ele? A Urias, o heteu, feriste à espada; e a sua mulher tomaste por mulher, depois de o matar com a espada dos filhos de Amom. Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher. Assim diz o Senhor: Eis que da tua própria casa suscitarei o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres à tua própria vista, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com elas, em plena luz deste sol. Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei isto perante todo o Israel e perante o sol.”  (2 Samuel 12.9-14)
Ainda que Deus houvesse declarado o perdão a Davi e que ele estava livre da morte (o que a Lei de Moisés exigia neste caso, o que, para mim, é uma “janela da graça” se abrindo ainda no tempo da Lei), as consequências foram claramente anunciadas. O rei-salmista foi avisado de que a espada jamais se apartaria da sua casa, e ele provou a dor de ver um filho matando o outro. A vida de Davi (bem como de sua família) tornou-se uma grande confusão depois deste ocorrido, e, na rebelião de Absalão, a profecia teve o seu cumprimento final, quando as concubinas do rei Davi foram tomadas pelo seu filho e humilhadas à vista de todo o Israel!
Todo pecado, mesmo que perdoado por Deus, deixa consequências! Sempre haverá uma colheita das coisas que plantamos! O perdão divino remove a culpa, mas as consequências – ainda que aplacadas pela misericórdia divina – hão de se manifestar!
Outro exemplo claro desta verdade (de que os pecados perdoados deixam consequências) pode ser visto na vida de Paulo, o qual, antes da sua conversão, perseguiu a Igreja de Jesus Cristo como poucos fizeram (At 8.3; 1 Co 15.9). Sabemos que, ao encontrar-se com Jesus, Paulo foi perdoado de todos os seus pecados. No entanto, assim que se converteu, uma das primeiras palavras proféticas que ele recebeu do Senhor foi: “Eu lhe mostrarei o quanto importa sofrer pelo meu nome” (At 9.16).
Vale ressaltarmos que as consequências dos nossos pecados, obviamente, são determinadas pela gravidade do que praticamos. Nem todo pecado cometido por um ministro significará a sua remoção do seu ministério. O que o Senhor Jesus declarou ao mensageiro da Igreja de Éfeso foi o seguinte: “Arrepende-te… se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas” (Ap 2.5). A remoção do ministério somente ocorre se não houver arrependimento. Contudo, alguns pecados que cometemos, até mesmo depois de terem sido perdoados por Deus, podem reduzir a nossa herança ministerial e o nível de conquistas e de bênçãos que poderíamos desfrutar!
Vemos nas Escrituras Sagradas o exemplo de Moisés e Arão, os quais, depois de pecarem contra o Senhor, não puderam entrar na Terra Prometida. Os dois irmãos foram instruídos por Deus a falarem à rocha, a qual, por sua vez, jorraria água. No entanto, ao invés de falarem à rocha, eles acabaram ferindo-a. Logo depois do ocorrido, a sentença divina foi determinada:
“Mas o Senhor disse a Moisés e a Arão: Visto que não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso, não fareis entrar este povo na terra que lhe dei. São estas as águas de Meribá, porque os filhos de Israel contenderam com o Senhor; e o Senhor se santificou neles.”  (Números 20.12,13)
Logo depois de o Altíssimo determinar a consequência do pecado de Moisés e Arão, que era o fato de eles não poderem entrar em Canaã – a Terra da Promessa – Ele também determinou que Arão fosse imediatamente “recolhido”. A morte do sumo sacerdote foi antecipada por causa deste pecado nas águas de Meribá:
“Então, partiram de Cades; e os filhos de Israel, toda a congregação, foram ao monte Hor. Disse o Senhor a Moisés e a Arão no monte Hor, nos confins da terra de Edom: Arão será recolhido a seu povo, porque não entrará na terra que dei aos filhos de Israel, pois fostes rebeldes à minha palavra, nas águas de Meribá.”  (Números 20.22-24)
Depois de Arão, foi a vez de Moisés morrer sem entrar na Terra Prometida. E, novamente, o Senhor recordou o motivo pelo qual isto aconteceria – o pecado cometido nas águas de Meribá:
“Depois, disse o Senhor a Moisés: Sobe a este monte Abarim e vê a terra que dei aos filhos de Israel. E, tendo-a visto, serás recolhido também ao teu povo, assim como o foi teu irmão Arão; porquanto, no deserto de Zim, na contenda da congregação, fostes rebeldes ao meu mandado de me santificar nas águas diante dos seus olhos. São estas as águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim.”  (Números 27.12-14)
Moisés chegou a orar, pedindo que Deus o deixasse entrar em Canaã, mas a sua herança foi diminuída no tocante a isto, e nada mais pôde ser feito. A nossa herança ministerial pode ser diminuída quando pecamos! Isto é um fato!
Iniciamos este estudo falando do contraste entre os filhos de Zadoque (que se conservaram fiéis ao Senhor) e os demais levitas (que se corromperam, servindo aos ídolos) e como a herança – natural – das terras ao redor do Templo foram dadas para se honrar aos sacerdotes santificados. Concluiremos agora, observando que um outro aspecto da herança – o espiritual – é determinado por essa mesma postura nossa de compromisso com Deus (ou não)!
Observe que os demais sacerdotes que pecaram foram como que “rebaixados” à função de meros levitas, sem poderem exercer todo o seu ofício ou tampouco desfrutar de todos os seus direitos sacerdotais:
“Os levitas, que tanto se distanciaram de mim quando Israel se desviou e que vaguearam para longe de mim, indo atrás de seus ídolos, sofrerão as consequências de sua iniquidade. Poderão servir no meu santuário como encarregados das portas do templo e também farão o serviço nele; poderão matar os animais dos holocaustos e outros sacrifícios em lugar do povo e colocar-se diante do povo e servi-lo. Mas, porque os serviram na presença de seus ídolos e fizeram a nação de Israel cair em pecado, jurei de mão erguida que eles sofrerão as consequências de sua iniquidade. Palavra do Soberano, o Senhor. Não se aproximarão para me servir como sacerdotes, nem se aproximarão de nenhuma das minhas coisas sagradas e das minhas ofertas santíssimas; carregarão a vergonha de suas práticas repugnantes. Contudo, eu os encarregarei dos deveres do templo e de todo trabalho que nele deve ser feito.”  (Ezequiel 44.10-14 – NVI)
Por outro lado, os filhos de Zadoque, a linhagem chamada pelo Senhor de “casa firme”, pelo fato de que permaneceram fiéis (quando ninguém mais o fez), tiveram não apenas os seus direitos e funções preservados, mas também receberam a promessa de que desfrutariam da presença de Deus como ninguém mais:
“Mas, os sacerdotes levitas e descendentes de Zadoque e que fielmente executaram os deveres do meu santuário quando os israelitas se desviaram de mim, se aproximarão para ministrar diante de mim; eles estarão diante de mim para oferecer sacrifícios de gordura e sangue. Palavra do Soberano, o Senhor. Só eles entrarão em meu santuário e se aproximarão da minha mesa para ministrar diante de mim e realizar o meu serviço.”  (Ezequiel 44.15,16 – NVI)
CONCLUSÃO
O entendimento destas verdades deve produzir temor em nossos corações e fazer com que haja em nós uma resposta mais intensa de consagração a Deus! Se a nossa herança – tanto na dimensão natural (Ez 48.10-14) como na dimensão espiritual (Ez 44.15,16) – é determinada pela nossa santificação, então devemos aprofundar o nosso compromisso com o Senhor! Esta é a única forma pela qual poderemos desfrutar da herança dos santificados! Você está decidido a desfrutá-la?
Fonte: Gospel Prime 

SERMÃO DEVOCIONAL


Não Mais Olhar Atrás – por Luciano Subirá
“A outro disse Jesus: Segue-me! Ele, porém, respondeu: Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Mas Jesus insistiu: Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. Tu, porém, vai e prega o reino de Deus. Outro lhe disse: Seguir-te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despedir-me dos de casa. Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus”. (Lucas 9.59-62)
Temos aqui um chamado de Jesus a duas pessoas diferentes, mas que lhe responderam de modo semelhante. Enquanto Jesus esperava de cada uma delas um profundo comprometimento, elas, por sua vez, estavam presas demais às coisas terrenas e questões transitórias.
A primeira pessoa queria sepultar seu pai antes de seguir esse chamado. Particularmente não creio que o pai já houvesse morrido e o velório estivesse em andamento; penso ser um costume onde o filho (normalmente o mais velho) tinha a sua saída de casa liberada somente depois da morte do pai. Porém, independente de qualquer interpretação ou especulação do assunto, temos alguém dando uma desculpa ao chamado de Jesus, demonstrando estar presa a algo e, assim, impedida de atender prontamente ao Senhor.
A segunda pessoa se oferecesse para seguir a Cristo, mas queria ao menos despedir-se dos seus. Tinha uma prontidão maior que a primeira e uma desculpa menor (ou que se resolveria mais depressa). Mas Jesus deixa claro que depois de terem se envolvido com ele, estas pessoas não tinham mais a opção de olhar atrás. Se o fizessem, não seriam aptas para o Reino de Deus. A palavra traduzida como “apta”, no original grego, é “euthetos”. Segundo o Léxico de Strong, seu significado abrange o conceito de “apropriado” e “útil”.
De acordo com a afirmação do Senhor Jesus, não podemos hesitar em atender seu chamado, nem sermos encontrados presos a coisas ou valores que nos impeçam de seguir adiante em obediência a Ele. A verdade é que todos temos dificuldades de abrir mão de determinados valores. Ficamos presos à algumas coisas de nossa vida. Mas quando se trata de seguir a Cristo, não podemos ter nada que nos prenda. Não podemos mais olhar para trás.
Quem põe a mão no arado, precisa olhar para frente, focar sua meta. Se olhar para trás não será bem-sucedido no que faz. Semelhantemente, se queremos servir ao Senhor, a opção de olhar atrás não deve existir, uma vez que quem assim procede não é considerado “útil” para o Reino de Deus.
Recordo-me que, anos atrás, assisti o filme “Fogo contra fogo” (1995), considerado por muitos um ícone entre os filmes de ação e enredo policial. Na trama, o ator Robert De Niro interpreta a personagem Neil McCauley, um bandido que lidera uma gangue que vem realizando roubos ousados; já o ator Al Pacino interpreta a personagem Vincent Hanna, o detetive que está à frente da caçada a esse bando de criminosos. Num determinado momento, o detetive aborda o criminoso e o convida para tomarem um café. Nessa conversa eles, de forma discreta, medem forças e fazem ameaças. Quando o detetive menciona estar com seu casamento por um fio por ter que perseguir bandidos como o McCauley, ele imediatamente responde ao policial que quem está nesse tipo de vida não pode pensar num casamento. Isso faz o detetive questionar se ladrão não tinha mulher. Ele diz que sim, mas menciona um conselho que recebeu de outro bandido: “Não se deixe envolver com nada que você não possa abandonar em três segundos exatos, se perceber os tiras na sua cola”. Em outras palavras, ele estava dizendo: “Não posso ter que nada que me prenda, que me faça hesitar na hora de que tiver que largar tudo para trás”.
Enquanto assistia o filme recordava-me de muita gente que vi converter-se ao Senhor vindo do mundo do crime. A maioria dizia que, naquele tempo, só dava certo “trabalhar” com gente que não tem nada a perder, que não tem nada que o prenda. Longe de mim parecer que estou ensinando que temos algo a aprender com bandidos, mas penso que eles entenderam a importância de praticar um princípio que, na verdade, é nosso! E foi exatamente isso que Jesus nos ensinou. Diante do chamado de Deus não deveríamos hesitar nem um segundo sequer em atendê-lo.
O QUE SIGNIFICA OLHAR ATRÁS
Antes de falar do significado da expressão usada por Jesus, quero adiantar um conceito importante: as Escrituras apresentam uma clara diferença entre a conversão e a santificação. A primeira fala do rompimento da pessoa com o mundo e o pecado e é a experiência através da qual alguém passa a desfrutar a salvação. A segunda fala do rompimento da pessoa com coisas que impedem seu crescimento e progresso na fé.
John Wesley declarou: “A conversão tira o cristão do mundo; a santificação tira o mundo do cristão”. Concordo plenamente! Ouvi, ainda menino, um pregador afirmar algo semelhante (usando uma alegoria bíblica): “Difícil não é tirar o povo do Egito; difícil é tirar o Egito do povo!”
Saudades do que ficou para trás
Olhar atrás significa ter saudades do que deixamos, e Deus não admite isto. Jesus também ensinou acerca disto:
“Lembrai-vos da mulher de Ló”.  (Lucas 17.32)
Além de validar o relato do Velho Testamento sobre o que ocorreu com a mulher de Ló, Jesus está nos dizendo que precisamos aprender com ela.
O Velho Testamento está cheio de memoriais. Monumentos ou episódios que não deveriam ser esquecidos. Não para que o povo de Deus ficasse preso à história, mas para que retivesse as lições que serviriam sempre ao mesmo propósito.
A mulher de Ló
Quando o Senhor tirou Ló e sua família de Sodoma, advertiu-lhes claramente a que não olhassem para trás:
“Havendo-os levado fora, disse um deles: Livra-te, salva a tua vida; não olhes para trás, nem pares em toda a campina; foge para o monte, para que não pereças”. (Gênesis 19.17)
Temos uma figura aqui. Sodoma e Gomorra figuram este mundo perdido e devasso que há de ser julgado por Deus. Mas o livramento de Ló e sua família figuram nossa salvação e livramento do juízo e condenação deste mundo. Mas para não ser julgado com o mundo, não basta apenas sair geograficamente dele. É preciso que nosso coração também saia de lá!
Ao ordenar que não olhassem atrás, Deus estava dizendo que seria o fim de tudo aquilo, e que o coração deles deveria estar totalmente desprendido. Mas a mulher de Ló desobedeceu a ordem divina.
“E a mulher de Ló olhou para trás e converteu-se numa estátua de sal”.  (Gênesis 19.26)
A concordância de Strong mostra que a palavra hebraica traduzida para olhar é “nabat”. Também significa “contemplar, mostrar consideração a, prestar atenção”. Não fala de alguém que olhou por curiosidade para ver o tamanho do estrago produzido pelo juízo divino. Fala de alguém que tinha seu coração preso ao que deixou, mostrando com isso consideração pelas coisas que havia abandonado. A mulher de Ló é uma figura do comportamento de muitos crentes de nossos dias, e por isso deve ser lembrada.
Dificuldade de desprendimento
Olhar atrás fala da dificuldade de desprendimento. Matthew Henry declarou: “A primeira lição na escola de Cristo é a abnegação.”
Há muita gente que não consegue se desprender das coisas das quais Deus os libertou. Aquilo que um dia te prendeu, potencialmente ainda é um perigo. Por isso Paulo advertiu aos gálatas dizendo:
“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão”. (Gálatas 5.1)
O apóstolo nos revela que o mesmo jugo de escravidão que nos oprimiu um dia, tentará pesar sobre nossos ombros novamente.
Precisamos entender que o fascínio do mundo e os pecados que nos acorrentaram um dia, ainda são um perigo para nós depois da conversão. Se não quebrarmos os vínculos com o passado, podemos nos ver pressos de novo. Assim como a mulher de Ló foi roubada de sua vida tornando-se uma estátua de sal, podemos também perder a vida de Deus em nós pelo fato de olhar para trás.
É por isso que nossa primeira mensagem deve ser sempre o arrependimento. Esta era a mensagem de Jesus (Mc 1.15). Era a mensagem que ele deu aos apóstolos (Lc 24.47). É um dos rudimentos da doutrina de Cristo (Hb 6.1,2). Quando mostramos a alguém que ele é um pecador, qual sua condição em consequência disto, bem como o preço colhido do pecado, estamos levando-o a uma possível quebra de vínculos com seu passado.
Sem um profundo arrependimento e dor pelo pecado, o crente pode ter saudades daquilo que deixou e olhar para trás.
No coração voltaram ao Egito
Existe dois tipos distintos de desviados. Há aquele tipo de desviado que vira as costas para Jesus e a Igreja e volta para o mundo:
“…Demas me abandonou, tendo amado o mundo presente, e foi para Tessalônica…” (2 Timóteo 4.10)
E também há aquele tipo de desviado que se desvia só em seu coração, embora continue fisicamente no caminho. Foi a estes que Estevão se referiu em sua mensagem, quando mencionou a geração de israelitas que saiu do Egito e rejeitou o ministério de Moisés:
“É este Moisés quem esteve na congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos pais; o qual recebeu palavras vivas para no-las transmitir. A quem nossos pais não quiseram obedecer; antes, o repeliram e, no seu coração, voltaram para o Egito, dizendo a Arão: Faze-nos deuses que vão adiante de nós; porque, quanto a este Moisés, que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu. Naqueles dias, fizeram um bezerro e ofereceram sacrifício ao ídolo, alegrando-se com as obras das suas mãos”. (Atos 7.38-41)
A frase: “no seu coração voltaram ao Egito” revela a atitude de olhar para trás e desejar aquilo que foi antes deixado. Eles não voltaram literalmente ao Egito, da mesma forma como muito crente não chega a abandonar a Igreja, mas no seu íntimo viviam lá, como muito crente faz, sem se desligar das práticas (ou fantasias) mundanas.
Veja o que a Bíblia diz sobre como procediam:
 “E o populacho [povo misto] que estava no meio deles veio a ter grande desejo das comidas dos egípcios; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e também disseram: Quem nos dará carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos. Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este maná”. (Números 11.4-6)
Tem muito crente assim na Igreja. Gente que sente saudades da bebida, das drogas, do sexo ilícito, das festas e de toda sujeira mundana e do pecado do qual foram libertos por Jesus. Eu acho isto muito, muito curioso. Não se lembram que antes eram escravos, que sofriam, que era um tempo difícil e de perseguição. Conseguem ter saudades apenas do que eles achavam que era bom. Esta atitude interior de saudade do que foi deixado, é olhar para trás como a mulher de Ló olhou. É voltar ao Egito, ainda que não seja de modo literal.
No coração, estão voltando para lá. Na verdade, acredito que antes do desvio que envolve o abandono de tudo, a pessoa começa se desviando em seu coração. Por isso a experiência de conversão não deve ser banal. A pessoa tem que saber valorizar aquilo que está abraçando e saber rejeitar para sempre o que está abandonando. O arrependimento genuíno produzirá este tipo de atitude em nós.
COMO GUARDAR-SE DE VOLTAR ATRÁS
O que podemos fazer, de forma prática, para não incorrer no erro de olhar atrás?
Quero, de forma resumida, oferecer alguns conselhos objetivos:
Consciência espiritual
O Senhor Jesus instituiu a Ceia da Aliança com o propósito de nos manter conscientes da sua morte e redenção por nós (1 Co 11.24,25). Isto nos faz perceber que devemos alimentar a gratidão e o compromisso através da lembrança do que foi feito por nós.
Esquecer-se do que éramos e do Cristo fez por nós é pura ingratidão. Pedro se refere de forma negativa àqueles que se esqueceram da purificação de seus pecados de outrora:
“mas aquele em quem não há estas coisas, é cego, vendo só o que está perto, porque se tem esquecido da purificação dos seus pecados antigos”. (2 Pedro 1.9 – TB)
Para olhar para trás é preciso se esquecer do que éramos e do preço que foi pago. Portanto, uma boa forma de nos guardar é manter o nosso coração consciente destes fatos em todo o tempo. Assim, não mais olharemos atrás e nos conservaremos firmes em nossa fé.
Firmeza
Alguns acham que nada devemos fazer por nossa firmeza, mas o fato é que as Escrituras nos ensinam que devemos intencionalmente fazer mais firme a nossa vocação, evitando assim de tropeçar, ou voltar atrás.
“Por isso, irmãos, ponde cada vez maior cuidado em fazer firme a vossa vocação e eleição; porque fazendo isto, não tropeçareis jamais. Pois assim vos será dada largamente a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. vinda de Cristo”. (2 Pedro 1.10,11 – TB)
Somos ordenados pela Palavra do Senhor a vigiar e cuidar de nossa própria firmeza. Contudo, muitos crentes vivem como se nunca tivessem recebido esta ordem. Transferem o cuidado de si sobre outros, mas o fato é que isto é responsabilidade nossa, e de mais ninguém:
“Vós, pois, amados, prevenidos como estais de antemão, acautelai-vos; não suceda que… descaiais da vossa própria firmeza”. (2 Pedro 3.17)
Prevenir-se. Acautelar-se. São palavras que indicam uma atitude (e responsabilidade) que Deus nos deu. E o propósito e não descair da própria firmeza. Ao falar assim, o Senhor nos mostra que a queda é uma possibilidade, mas nos mostra que pode ser evitada por prevenção e cuidado.
Voto de compromisso
Acredito que em nosso coração devemos firmar um compromisso formal com Cristo de não deixá-lo jamais. Ele prometeu que estaria conosco todos os dias (Mt 28.18). Também prometeu não nos abandonar:
“…porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei”. (Hebreus 13.5)
Se Deus prometeu não nos abandonar, porque nós não deveríamos fazer o mesmo?
Penso que cada cristão deveria se comprometer a não mais voltar atrás. Prometer isto em seu coração e também com sua boca, da mesma forma como um cônjuge se compromete com outro: sabendo que é para sempre e que não se pode mais voltar atrás. Imagine uma noiva dizendo ao seu noivo, no dia do casamento, que não poderia garantir se conseguiria ser fiel ou não, que seria melhor não prometer nada para não correr o risco de quebrar uma promessa…
Não devemos ter medo do compromisso, pois isto seria o mesmo que entrar já não acreditando na duração de um relacionamento. Devemos pensar bem antes de entrar, e então entrar para não mais voltar atrás.
Deus está nos chamando a renovar nosso compromisso e aliança com Ele, e firmarmo-nos cada dia mais em nossa fé e andar n´Ele. Como você responderá a Ele?

SEMINÁRIOS TEOLÓGICOS


O Redentor (Go’el) de Israel


O “resgate” um costume jurídico sumamente significativo para o AT, que também foi regulamentado em lei (Lv 25.24ss). Um israelita tem o direito e também o dever de socorrer um membro da família que se encon­tra em necessidade: se devido sua situação econômica precária alguém obrigado a alienar sua casa e propriedade, seu parente mais próximo — este então o “resgatador” — tem a prioridade de compra (Jr 32.7) e, com isso, a incumbência de manter a terra nas mãos da família. Pois propriedade de terra herdada, por ser meio de sobrevivência, não deve ser alienada (cf. 1 Rs 21). Mas se um israelita livre estiver tão empobrecido que precisa vender-se como escravo (a um estranho), então um parente seu tem a obrigação de comprá-lo de volta. O “resgate”, i. e., a re-aquisição, pressupõe, portanto, vínculos familiais. O livrinho de Rute (2.20ss.) e a compra do campo em Anatote por parte de Jeremias (Jr 32.6ss.) atestam que o costume do resgate era realmente praticado.

QUEM É O GO’EL?

Era tanto o Parente Remidor como também o Parente Vingador (Nm 35.12-19). A Bíblia Vida Nova traz o seguinte comentário: “Era o costume do parente próximo de um injustiçado reivindicar justiça por este: isto era uma garantia de que sempre haveria alguém interessado em trazer o malfeitor à punição. A lei do refúgio era a maneira de Deus preservar este costume contra o Vingador (Go’el) injusto e cruel”. O Senhor providenciou seis (06) cidades de refúgio nas quais, as pessoas culpadas de homicídio acidental, podiam buscar proteção com segurança, protegendo-se do Vingador do Sangue até serem julgadas (Nm 35.11,12). “Se o Vingador do Sangue (Go’el) achar o homicida fora dos termos da cidade de refúgio e matá-lo, não será culpado do sangue” (Nm 35.27). Lemos em Lucas 4.16-21 que Jesus entrou na sinagoga, na cidade de Nazaré, e tomando o livro do profeta Isaías, leu: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me UNGIU para EVANGELIZAR aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar O ANO ACEITÁVEL DO SENHOR” (Is 61.1,2). Jesus parou de ler exatamente neste ponto e afirmou: “Hoje se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir”. Ele deixou de ler a última parte do versículo 2. Por quê? Porque hoje é o PERÍODO da GRAÇA, é o Ano Aceitável do Senhor, e Ele é o nosso Go’el, o Parente Remidor, o Resgatador. Porém virá o “Dia da Vingança”, quando o mesmo Parente Remidor virá como Parente Vingador para trazer juízo sobre Satanás, juízo sobre a terra.

GO’EL = l")oG

A abertura dos selos em Apocalipse capítulo 5 é a vingança do Parente Vingador. “Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram. E clamaram com grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”(Ap 6.10). “Porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos”(Ap 19.2). “Pois o Senhor tem um dia de vingança, um ano de retribuições pela causa de Sião”. “Porque o dia da vingança estava no meu coração, e o ano dos meus remidos é chegado”(Is 34.8; 63.4). Mas aquele dia pertence ao Soberano, ao Senhor dos Exércitos. Será um dia de vingança, para vingar-se dos seus adversários. A espada devorará até saciar-se, até satisfazer sua sede de sangue. Porque o Soberano, o Senhor dos Exércitos, fará um banquete na terra do norte, junto ao rio Eufrates.
O Ano Aceitável – É o período da Graça; Um dia para Vingança – É o período da Grande Tribulação; Um ano para Retribuição dos meus remidos – É o período do Milênio. GO’EL é o protetor do oprimido e libertador de seu povo. “Quanto ao nosso Redentor (Go’el), o Senhor dos Exércitos é o seu nome, o Santo de Israel”. “Assim diz o Senhor, o teu Redentor (Go’el), o Santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar” (Is 48.17). “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor (Go’el), o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e além de mim não há Deus” (Is 44.6). “Virá o Redentor (Go’el) a Sião e aos de Jacó que se converterem, diz o Senhor”(Is 59.20).

Fonte: Pr. A. Carlos G. Bentes. DOUTOR EM TEOLOGIA PhD em Teologia Sistemática American Pontifical Catholic University (EUA). O Pr. Bentes ministra aula no Seminário Teológico Koinonia e Seminário Unitheo.  

Um Abraço,

Pregador Jefferson Assis
Compromisso com a obra de Deus e certeza do seu chamado!

DESAFIOS

DESAFIOS - A. W. Tozer -  3 João 1

ESTUDO TEOLÓGICO

A Doutrina da Salvação no Antigo Testamento



A SALVAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

No Velho Testamento, o termo salvação abrange todas as qualidades de socorro que os israelitas recebem do seu Deus, o Senhor Iavé. O verbo hebraico yasha’ significa fazer largo, viver em abundância, conseguir a vitória, libertar do poder do inimigo, salvar da opressão, do pecado, da aflição, da doença, da morte. O substantivo yesha’ ou yeshua’, pode significar a salvação em qualquer um, ou em qualquer conjunto, destes vários sentidos.
A palavra pode ser usada para significar a salvação do mal na vida futura, ou no sentido de libertação de todas as qualidades de aflição da vida neste mundo. A salvação no Antigo Testamento significa que o processo é iniciado e efetuado pelo Senhor, em favor do seu povo e pode ser independente do entendimento de Israel.

O Concerto e a Salvação no Antigo Testamento

Os profetas dão muita ênfase ao amor fiel (hesed) do Senhor no cumprimento das promessas do concerto. Mas ao mesmo tempo os profetas explicam as consequências terríveis da ingratidão, da injustiça e da infidelidade do povo do concerto. A revelação do nome de Deus ao povo de Israel, por intermédio de Moisés (Êx 6.1-9), produziu uma relação permanente entre Iavé e este povo. Esta relação é representada pelo berith entre Iavé e Israel. É Deus quem toma a iniciativa e quem faz o concerto com o seu povo. Israel pode aceitar, ou rejeitar, o concerto oferecido pelo Senhor, mas nunca pode determinar os seus termos ou condições. “Eis que lhe dou o meu concerto” (Nm 25.12). Quando o Senhor ofereceu ao povo de Israel o seu concerto, assim aceitou a responsabilidade de cumprir as suas promessas que ele mesmo, e não Israel, tinha estipulado.

A Fidelidade do Senhor no Perdão do Pecado

O profeta Ezequiel descreve ainda mais claramente o perdão que transforma a natureza humana. “E vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo, e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. Porei dentro de vós o meu espírito, e farei que andeis nos meus estatutos e observeis fielmente as minhas ordenanças. Habitareis na terra que dei a vossos pais; e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus. E vos salvarei de todas as vossas imundícias” (36.26-29). São expressivas as figuras que descrevem o perdão do pecado. “Purifica-me com hissope, e ficarei puro; Lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve ... Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniquidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto” (Sl 51 .7,9,10). “Eis! tocou isto nos teus lábios, tirada é a tua culpa, e o teu pecado é coberto.” (Is 6.7). “Pois lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados” (Is. 38.17).
“Eu te confessei o meu pecado, e a minha iniqüidade não encobri; disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado” (Sl 32.5). “Perdoaste a iniquidade do teu povo; cobriste todos os seus pecados” (Sl 85.2).

O Motivo Divino em Perdoar

No sistema sacrificial dos israelitas, as ofertas apresentadas ao Senhor representaram apenas o espírito de arrependimento do ofertante, enquanto o amor imutável do Senhor operava persistentemente no perdão do pecador desviado que desejava o restabelecimento da comunhão com o seu Deus. A graça do Senhor, no perdão do pecado, manifestava-se, no princípio, quase exclusivamente dentro de Israel. O motivo deste favor especial de Deus para com o povo de Israel é “por amor de mim” ou “por amor do meu Nome”. “Por amor do meu Nome retardo a minha ira” (Is 48.9). No perdão dos pecados do seu povo, Deus se lembrava das promessas que tinha feito aos pais. “Orei ao Senhor, dizendo: Ó Senhor Deus, não destruas o teu povo e a tua herança, que remiste com a tua grandeza, e que fizeste sair do Egito com mão poderosa. Lembra-te dos teus servos Abraão, Isaque e Jacó; não atentes para a dureza deste povo, nem para a sua maldade, nem para o seu pecado” (Dt 9.26,27; Êx 32.12,13; Ne 9.15,23). “Todavia o Senhor não quis destruir a Judá por amor de Davi, seu servo, porquanto lhe havia prometido que lhe daria uma lâmpada, a ele e a seus filhos, para sempre” (2 Rs 8.19). Convém notar que tais promessas se relacionam ao concerto, sempre operante. O amor e a justiça do Senhor sempre constituem o seu motivo imutável no perdão do pecado. A natureza divina, a santidade que abrange a justiça, não podem deixar de exigir o arrependimento e a fé por parte do pecador, sem o qual nenhum sacrifício e nenhuma oração pode induzir o Senhor a perdoar o pecado. Mas Deus tem prazer em perdoar, “por amor do seu Nome”, todos os que almejam o perdão. O motivo do perdão sempre se acha no Senhor: no seu amor eletivo (‘ahaba), e no seu amor imutável (hesed), que mantém o concerto pela orientação misericordiosa do seu povo e pela operação da sua providência na direção da história para o fim que ele mesmo predeterminou. O seu propósito redentor visa todas as nações do mundo, começando com Israel.

A Operação da Santidade, da Justiça e do Amor na Salvação

O profeta multiplica as evidências da atividade redentora do Senhor. As palavras “Confortai, confortai o meu povo” é a tradução correta das palavras introdutórias desta profecia. O mensageiro do Senhor não tinha recebido ordem de falar apenas palavras de consolação ao povo na sua tristeza, mas a palavra de conforto que termina com a tristeza, e fortalece o espírito com as boas-novas de redenção. “Eis o vosso Deus!” Cansado e fatigado, o povo receberá o amparo do poder do Senhor. É possível que a mulher se esqueça do seu menino de peito, “todavia, eu não me esquecerei de ti”, diz o Senhor (49.15). O Senhor se apresenta frequentemente nesta profecia como o Redentor do seu povo. A palavra hebraica go’el designa na linguagem popular o parente mais chegado que tem a responsabilidade de cuidar dos direitos do parente falecido. “Pois assim diz o Senhor: Por nada fostes vendidos; também sem dinheiro sereis remidos”. Em Jeremias 50.34, o Senhor dos exércitos apresenta-se como o Redentor do seu povo do poder da Babilônia. O Senhor é Vindicador do seu povo e promete resgatá-lo do poder do inimigo. Jr 50.34: “Mas o seu Redentor [Go’el - l")Og] é forte; o Senhor dos exércitos é o seu nome. Certamente defenderá em juízo a causa deles, para dar descanso à terra, e inquietar os moradores de Babilônia”.
“Não temas, ó bichinho de Jacó, homens de Israel! Eu te ajudo, diz o Senhor, o teu Redentor (go’el) é o Santo de Israel” (Is 41.14).

Fonte: Pr. A. Carlos G. Bentes. DOUTOR EM TEOLOGIA PhD em Teologia Sistemática American Pontifical Catholic University (EUA). O Pr. Bentes ministra aula no Seminário Teológico Koinonia e Seminário Unitheo.  

Um Abraço,

Pregador Jefferson Assis
Compromisso com a obra de Deus e certeza do seu chamado!


DESAFIOS

Desafios - 2 João 1 - A. W. Tozer

DEVOCIONAL GETSÊMANI

Devocional Getsêmani - Pr.Jorge Linhares - 1 Samuel 26.25

REFLEXÕES

Reflexão de A. W Tozer - 2 Timóteo 2:13

PASTORAL

O Tempo de Ezequiel e o Relógio de Acaz!  "Coloque nas mãos de Deus a circunstância em que você está vivendo,  porque o tempo é  do Senhor. O Deus do tempo vai mostrar a você que Ele pode adiantar ou recuar o tempo." Pr. Eduardo Gonçalves.

DEVOCIONAL GETSÊMANI

Pr. Jorge Linhares - Marcos 10: 14 a 16

DESAFIOS

Reflexão de 1 Timóteo 4
A. W.Tozer

ARTIGO

Para que serve o carnaval? Qual é o significado de carnaval?

Por Josiel Dias

Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Romanos 8:8

Estamos vivendo aquilo que chamam de carnaval. Escolas de sambas em ensaios técnicos, blocos já invadem o centro das metrópoles fazendo assim uma prévia da festa que será realizada na semana que vem. Nos “esquentar” dos tamborins, não se fala em outra coisa, a não ser Carnaval. Desculpe-me os admiradores e devotos desta festa, mas a bagunça, a desordem, as brigas, tomaram conta dos quatro cantos do Rio de Janeiro.

Para que serve o carnaval? Qual é o significado de carnaval?

Em poucas palavras responderemos que o carnaval serve para conduzir o homem para uma vida de inimizade com Deus. O significado de carnaval é “Festa da carne”. Mas não pense que esta festa não produza seus frutos, que de certa forma, nos atinge.

Não é preciso muita teologia para compreender o texto base desta mensagem.

Os que estão na carne, não podem agradar a Deus. Quem não agrada, logo desagrada, então concluímos que quando eu vivo uma vida de desagrado para com Deus, estou em pecado, e quando eu tenho conhecimento desta prática e mesmo assim vivo pecando me constituo inimigo de Deus, pois passo a ser amigo do mundo. I João 2:15.

O que produz esta festa da carne, a não ser saciar os seus desejos?

Assim como viver no espírito produz frutos, e estes frutos nos atingem e àqueles que estão em nossa volta, também um viver na carne, tem seus frutos, logo atingem os que estão também em volta daqueles que assim procedem. Estes frutos da Carne ou do Espírito podemos conhecer através do texto bíblico relatado em Gálatas 5:16-22.

Viver esta festa de carnaval é viver uma vida inclinada para as obras da carne. É viver em inimizade para com Deus. Romanos 8:7.

A nossa missão como servos de Cristo Jesus é despertar o mundo sobre o perigo de viver uma vida nos prazeres da carne, para que haja arrependimento e com isto venha o refrigério de uma vida no Espírito como a escritura nos adverte. Mas infelizmente muita gente ignora esta mensagem, mas isto não é novidade, pois isso o profeta Isaías já havia relatado, e Paulo usa as mesmas palavras de Isaías dizendo: Quem deu crédito em nossa pregação … Romanos 10:16.
O nosso papel como cristão é pregar, é anunciar, é denunciar as obras da carne, para que os que assim vivem, arrependa-se e aceite uma vida de amizade sincera com Deus.

Fugindo dos prazeres da carne

Muitas pessoas neste período de carnaval fazem seus retiros, ou seja, fogem literalmente desta festa. Já outras pessoas evangelizam no período de carnaval indo aonde há aglomeração destas pessoas pulando carnaval. Mas, até mesmo como estratégia é preciso entender que “esta estratégia” não seja uma desculpa para participar mesmo que indiretamente da festa da carne.Para os que fogem do carnaval é preciso entender, que devemos fugir das concupiscências e prazeres carnais não apenas no período de carnaval, mas todo tempo de nossa caminhada. Nada vai adiantar um pretexto de retiro espiritual, se por dentro eu estiver torcendo por alguma escola, ou bloco, ou me deliciando nas mulatas do desfile das escolas de samba, ainda usado o chavão de “a carne é fraca”.

O meu verdadeiro retiro acontece enquanto estou na cidade rodeado de pessoas carnais em suas comemorações, não me acomodo, não me contamino, não me envolvo, continuo como luz brilhando em meio as trevas. Romanos 8:1, Romanos 8:5, Romanos 8:8.

Participar mesmo que indiretamente é conformismo com este mundo.

A Bíblia nos adverte que não devemos nos conformar com este mundo, mas transformar as nossas atitudes contagiando o que estão em nossa volta. Romanos 12:2

O que o carnaval tem de bom? Quais são seus frutos?

Você já parou para analisar que no período de carnaval a cidade fica entregue ao caos? As autoridades entregam literalmente ao rei momo a chave da cidade e seus controles?

Perceba que no período desta festa aparecem, em fartura, os frutos conforme escrito aos Gálatas 5:16-22.

Adultérios, prostituições, impurezas, lascívias, idolatrias, feitiçarias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, inimizades[brigas], porfias, emulações, iras, pelejas, dissenções e heresias. Ainda há sacerdotes que diz que pular carnaval não seja pecado, basta na quarta feira de cinzas passaram cinzas na testa. Misericórdia. Seria ter conhecimento do pecado e mesmo assim pecar.

Estes são infelizmente os frutos que todos os anos vemos da conhecida “Festa da Carne”. Pense nisto: como podemos ser mesmo que indiretamente participantes destas coisas? Mesmo que seja assistir um desfile de escolas de samba, pense se é licito para um cristão colocar isto diante de seus olhos? De uma só fonte não pode jorrar água doce e salgada ao mesmo tempo. Ou eu agrado a Deus com minhas obras, ou desagrado quando obedeço as concupiscências da carne.

Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.I João 2:15-17

E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. Gálatas 5:24

Deus em Cristo Jesus continue nos abençoando

Por Pb. Josiel Dias

Fonte: Gospel Prime 

SERMÃO DEVOCIONAL

Cristão pirateado

Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?
Mateus 5:46

Nenhum comentário ao nosso respeito deveria nos incomodar mais do que aqueles que nos colocam em pé de igualdade com os que estão distantes do padrão de vida estabelecido por Jesus.

Comentários como “Mas você não é diferente dos outros.”

Nesse texto citado, Jesus está dizendo que; se vocês vivem assim… vocês são iguais aos publicanos.

Houve um tempo em que os verdadeiros cristãos eram identificados pelo fato de não se parecerem com os chamados “do mundo”, hoje está um pouco diferente, os cristãos genuínos além de não se parecerem com os que estão no mundo, também devem ser diferentes dos seus “pares” ou seja, daqueles cristãos que são nominais.

O que diferencia o cristão pirata do cristão original?

O que diferencia os cristãos piratas dos cristãos autênticos não são seus ritos religiosos, ambos frequentam o culto, ambos louvam a Deus, ambos leem a Bíblia, o que diferencia é sua vida em relação à imitação de Jesus.

Os cristãos autênticos pecam assim como os cristãos piratas, mas os autênticos estão em constantes lutas contra o pecado, já os nominais se renderam na arena da tentação, e pouco importa que o juiz já tenha identificado sua derrota, o importante é a plateia pensar que ele não perdeu luta.

Comentários como “Mas você não é diferente dos outros” devem ser convidativos à um auto exame de nossas vidas. As vezes alguns que ouvem esse tipo de crítica, devido a sua auto-justificação chegam a pensar que é uma acusação do inimigo, mas ainda que seja, temos de parar um pouco e olharmos para nossos passos e refletir tais caminhos, atitudes, comportamento e nossas palavras ditas.

É necessário colocarmos na balança nossa forma de vida tendo como contrapeso (referência) o estilo de vida de Jesus, e após chorar nossos descaminhos pedir para que Ele nos guie pelo caminho Eterno.

Sei que comparar nossa vida com a de Jesus é uma equiparação desigual, que parece injusta, mas é a única que o evangelho nos propõem, sermos como Jesus é (Ele é nosso contrapeso).

Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus (Mateus 5:48).

Alan César Corrêa
Fonte: Gospel Prime

REFLEXÕES

Reflexões de A. W. TOZER
1 Timóteo 1:15
"Às vezes, digo algumas coisas a Deus em oração, que são  terrivelmente ousadas..."

SOBRE AS ESCRITURAS

VENCENDO A DEPRESSÃO     

Efésios 6:12 "Pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais". (NVI)


“Muitos hoje não tem enfrentado a depressão como precisa ser enfrentado. A depressão tem destruído muitas pessoas. A pessoa que está com depressão a vida dela não muda. A depressão não sai com o estalar de dedos. Na depressão você tem que olhar os seus erros, talvez a origem da depressão está em você mesmo, nas suas atitudes.” (Pr. Jorge Linhares). Amado (a) são as atitudes erradas que dão legalidade espiritual ao inimigo para agir na vida das pessoas. Em Efésios 6:12 vemos que a nossa luta não é contra carne e sangue e sim contra as forças espirituais das trevas. Não tente vencer a depressão com a suas próprias forças. Na minha opinião o primeiro passo para vencer a depressão é buscar a presença de Deus. O vazio dentro de uma pessoa sem Deus é uma grande porta para o início da depressão. Busque ir a uma Igreja Cristã. Procure alimentar a sua vida espiritual através da leitura da Palavra de Deus e da oração. Como segundo passo busque vencer a depressão na mente. É na mente que a maior batalha se desenvolve. Aquilo que você pensa é que ocorrerá. Em 2 Coríntios 10:4-5 está escrito “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas. Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo.” Não permita pensamentos ruins, ore repreendendo estes pensamentos no nome de Jesus. Como terceiro passo procure orientação médica, pois depressão é uma doença e dependendo da situação é necessário um auxílio médico. Deus dá conhecimento aos médicos para o nosso auxílio. Procure acompanhamento pastoral em sua igreja e se envolva com os ministérios e atividades cristãs. Vencer a depressão é uma grande batalha, mas tendo a ajuda certa e buscando a Deus a pessoa que está nesta situação terá vitória e posteriormente poderá ajudar a outros a ter vitória, pois já teve experiência de ter vencido. Tenha um ótimo dia e que a paz do Senhor Jesus esteja com você.

Referência para Leitura: Efésios 6 e 2 Coríntios 10.

Pregador Jefferson Assis
Compromisso com a obra de Deus e certeza do seu chamado!